Alguns meses se passaram..

240 19 3
                                    

Victoria estava brincando com os netos na sala até que começaram a ter sono, Max e Maria foram para o quarto com eles após se despedirem de Victoria que também subiu para quarto, após um banho se deitou para descansar e em questões de minutos, adormeceu.
Heriberto teve uma noite bastante corrida, havia feito duas operações onde os pacientes haviam perdido os movimentos das pernas e queriam recuperá-las, precisavam esperar o efeito da anestesia geral passar para saber o resultado, e logo após teve algumas emergências. De manhã, ele se despediu de todos após tomar um café e dirigiu para sua casa, estava bastante cansado e como ainda era domingo, poderia descansar já que havia ganhado alguns dias de folga, estava tendo dias bastantes corridos no hospital e plantões geralmente cheios de operações. Ele entrou em casa, indo diretamente para seu quarto, sorriu ao encontrar sua esposa abraçada ao seu travesseiro, e com uma de suas blusas, sempre que havia plantão ela dormia dessa mesma forma, ele beijou seu cabelos e foi em direção ao closed pegar apenas uma calça de pijama e caminhou para o banheiro aonde tomou um banho relaxante e voltou ao quarto após se vestir, tirando com cuidado o seu travesseiro de Victoria que abriu rapidamente os olhos o vendo, sorriu e lhe abraçou assim que sentiu que ele havia deitado, e voltou a dormir, Heriberto beijou seus cabelos, em questão de minutos, também havia adormecido.
Algumas horas depois, Victoria acordou o observando dormir, ela levantou devagar indo até o banheiro fazendo sua higiene e logo tomou um banho, vestiu um vestido elegante porém confortável fazendo uma leve maquiagem, havia se arrumado porque iria visitar seus filhos no orfanato, não via a hora de vê-los juntos a eles, iria apenas esperar seu marido acordar para irem juntos. Então, ela desceu para sala de jantar, aonde eles faziam todas as refeições da casa, encontrando Max, Maria e seus netos, cumprimentou cada um e logo se sentou.
Max e Maria haviam acordado mais cedo ao ouvirem Osvaldinho chorar ao acordar, levantaram fizeram a higiene e foram trocar os filhos e logo após Maria deu banho nos dois enquanto Max desceu para fazer a mamadeira dos pequenos, após lhe dar a mamadeira a cada um, tomaram banho e desceram para tomar o café, quando viram Victoria chegar na sala de jantar.
- Bom dia - disse Victoria sorrindo.
- Bom dia, mãe. - Max lhe respondeu.
- Bom dia, senhora Victoria. - disse Maria de forma educada.
- Dormiram bem? - Victoria disse os olhando.
- Senhora, quer que eu lhe sirva? - disse Micaela
- Não precisa, muito obrigada, Micaela. - disse Victoria lhe olhando sorrindo.
- Dormimos bem, mãe. E a senhora? - disse Max.
- Dormi, apenas senti falta de Heriberto durante a noite. - disse Victoria após beber seu suco. - Micaela, pode trazer o meu remédio?
- Claro, senhora. - Micaela disse e foi buscar voltando com ele em uma pequena bandeja junto a um copo de água - Aqui está senhora.
- Muito obrigada. - respondeu Victoria e logo tomou.
- Mãe, para que esses remédios? - disse Max preocupado.
- São para repor algumas vitaminas e nutrientes, meu filho. - disse Victoria tomando seu café da manhã.
- Não está mentindo, não é? - Max suspirou - Eu fico preocupado.
- Não estou, Max. - disse Victoria sorrindo para o filho - Foi Heriberto que me receitou, depois pode confirmar com ela para se tranquilizar.
- Tudo bem, mãe. - max lhe respondeu e voltou a tomar o café da manhã.
Algumas horas havia se passado, Victoria estava no escritório desenhando alguns novos modelos para nova coleção, para o novo desfile que fariam, não costumava trabalhar em casa mas como Max e Maria havia voltado para casa e seu marido estava descansado do plantão, preferiu tirar esse tempo para desenhar seus novos modelos e logo enviar ao Pepino.
Heriberto havia acabado de acordar, percebeu que estava sozinho no quarto imaginou que sua esposa estivesse no andar de baixo, ele levantou arrumou a cama e se dirigiu ao banheiro aonde tomou um rápido banheiro vestindo uma roupa mais confortável e logo desceu indo até a cozinha.
- Micaela, poderia me servir o café da manhã? - disse Heriberto educado.
- Claro, senhor. - Micaela o responde.
- Sabe onde Victoria está? - Heriberto pergunta a Micaela após não encontrar sua esposa também no andar debaixo.
- Está no escritório desenhando, senhor. - Micaela termina de separar as coisas para levar para mesa da sala de jantar.
- Pode servir nessa mesa, Micaela, por favor. - disse Heriberto se sentando na mesa da cozinha. - Victoria está no escritório a muito tempo?
- Ela foi para o escritório logo após se despedir de Max e Maria, eles foram embora e ela foi aí escritório. - disse Micaela o servindo.
Heriberto tomou seu café da manhã, e logo caminhou até o escritório, onde bateu na porta ouvindo Victoria dizer um "entre" e logo entrou indo até onde ela estava.
- Bom dia, meu amor. - disse Heriberto lhe dando um selinho, um pouco demorado.
- Bom dia, querido. - Victoria correspondeu o selinho - Conseguiu descansar, meu amor? - Victoria disse o olhando.
- Sim amor, estava querendo ir ao orfanato, vamos? - disse Heriberto.
- Vamos sim, vou apenas pegar minha bolsa no quarto. - Victoria sorriu se levantando indo ao seu quarto, pegou sua bolsa e desceu novamente encontrando seu marido na sala, com a chave do carro e colocando sua carteira no bolso da calça.
- Vamos então, meu amor? - disse Victoria o olhando.
- Vamos. - Heriberto sorriu e caminharam até o carro.
Heriberto abriu a porta do carro para Victoria e assim que ela sentou a fechou, caminhando até o outro lado, entrando no carro e logo dirigiu até o orfanato. Ao chegarem, foram até a sala da Madre onde foram muito bem recebidos, ela os levou até onde estava Ísis e Marquinhos, brincando, assim que as crianças os viram foram correndo, os abraçando.
- Mamãe, papai. - disse Ísis e Marquinhos alegres - Já estava com saudades. - disse Marquinhos.
- Oi, meus amores. - disse Victoria emocionada pela forma como haviam lhe chamado, pegou Ísis no colo e logo a menininha lhe beijou alegre.
- Oi, meus filhos. - disse Heriberto enquanto pegava Marquinhos no colo.
- Como vocês estão, meus amores? - disse Victoria acariciando sua menininha.
- Estava com saudade, mamãe. - disse Ísis manhosa.
- Eu também estava, com muita, papai. - disse Marquinhos.
- Logo vocês poderão ir morar com a gente, meus anjinhos. - disse Victoria amorosa.
E assim alguns meses se passaram, Heriberto e Victoria já haviam conseguido adotar Ísis e Marquinhos, já estavam morando com eles, Heriberto havia diminuído sua carga horária no hospital para ter mais tempo para os filhos e Victoria havia tirado férias, para poder ter mais tempo para as crianças e ajudá-las na adaptação da nova rotina.
Haviam montado um quarto para os dois juntos, porque eles não gostavam de dormir sozinhos então prefeririam que os pequenos ficassem no mesmo quarto até crescerem e então cada um ter seu quarto e sua privacidade. Heriberto havia se mostrando ser um pai bastante amoroso e dedicado, Victoria amava ver seus filhos correndo pela casa, trazendo a alegria que faltava naquele lar. Foi um processo difícil até adoção definitiva deles, a ansiedade havia feito tudo ficar ainda mais difícil do que já era, eles visitavam as crianças diariamente até o dia de levá-los para casa, o casal havia adicionado ao nome deles, o sobrenome de Victoria e Heriberto, decidiram que os meninos permanecessem com o sobrenome dos falecidos pais biológicos, para que soubessem da origem deles desde o início. Fernanda já estava com 5 meses de gravidez, seria uma linda menina, a pequena Diana, eles estavam bastante felizes com a chegada da tão esperada filha, Max e Maria estavam noivos, e após entrar em contato com os detetives que estavam cuidando do caso da filha, Victoria havia descoberto que sua pequena Maria morava em sua cidade, e que era modelo em uma loja de vestidos de noiva, onde desfilava para as clientes, os detetives permanceram em busca de sua pequena Maria, finalmente estava chegando o dia de reencontra-la, e apesar desse momento lhe trazer alivio também sentia medo, medo da reação de sua filha, medo dela achar que havia sido abandonada e só de pensar nessa possibilidade a machucava, tinha medo de ser odiava pela sua filha a quem tanto amou e esperou durante tantos anos.

Consecuencias De Un Pasado Onde histórias criam vida. Descubra agora