Capitulo 10

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Pov Percy

Kelli me apresentara as suas amigas enquanto íamos à caminho do templo. Fora Serefone e ela, haviam outras 4: Nea, Fobe, Kim e Brinna.

Estarmos indo à um templo no meio do Tártaro, me fez pensar se os deuses realmente recebem nossas oferendas. Hermes vinha ao Tártaro só para recolhê-las? Acho difícil - e não vale a pena pensar em todo almoço jogado ao fogo que os semideuses oferecem a ele e aos outros deuses.

E pensar nisso me faz lembrar o acampamento meio-sangue. Sinto falta de lá. Do laguinho, do meu chalé, Quíron, meus amigos, Tyson, e principalmente, o tempo que passava com Annabeth...

Annabeth. O que estaria fazendo agora? Estaria triste por eu estar aqui? Se culpando? Espero que não, mesmo sabendo que é mais provável que sim. Amo Annabeth e sei que ela me ama. Ela é o motivo de eu continuar firme aqui, e não existe nada - literalmente nada - que eu não faria por ela. Pularia no Tártaro quantas vezes fossem preciso para salvá-la. E sei que ela sabe disso.

Por mais que Annabeth seja o nome que mais ocupa minha mente e meu principal motivo de estar aqui e querer sair daqui, não consigo deixar de pensar nos outros da profecia e Nico.

Frank pode ter se culpado quando caí,por não ver o que estava acontecendo antes do que aconteceu acontecer. Talvez ainda se culpe,e agora pode estar tentando se esforçar mais (se é que isso é possível);

Eu ainda escutei gritos de Hazel alguns 5 segundos enquanto caía. Ela provavelmente chorou ou ficou triste pelo que aconteceu, mas se manteve forte perto de Annabeth para tentar confortá-la;

Piper pode ter ficado mal, mas sei que ficou mais por causa de Annabeth. Piper e Annabeth haviam ficado próximas enquanto eu estava fora (obrigado deusa bovina) . Com certeza, foi a primeira a tentar conversar com Annabeth, e acredito que tenha conseguido.

Nico esteve aqui sozinho. Não sei o que esperar de sua reação, mas com certeza esta guiando os outros para o outro lado das portas, como prometeu. Nico pode ser mais fechado, mas ele cumpre suas promessas. Diferente de mim, talvez...

-JACKSON! - Kelli grita interrompendo meus pensamentos, e percebo que talvez esteja um pouco irritada - no que esta pensando? Ja te chamei 3 vezes!

-A-ah, nada demais. - vejo que ela ia perguntar mais, então logo dou um jeito - Só...estou meio triste, desculpe.

O que não é mentira. O último pensamento me ocorreu ocasionalmente durante a queda infinita até aqui, e sempre me deixa com pesar. Eu poderia ter feito mais para salvar Bianca. Ou pelo menos, ter dado mais suporte a Nico. Com certeza, é algo de que me arrependo. Principalmente agora que sei que ele veio aqui para tentar achar as Portas. Sozinho.

-Ok, não ligo. - ela responde revirando os olhos. - enfim, falta pouco pra chegarmos e eu preciso saber algumas coisas relacionadas a você.

-Hum... claro, pode falar. - o que ela precisaria saber sobre mim? Quanto eu calço? Quantos monstros de sua espécie ja matei?

-Quais poderes você ja aprendeu a usar e controlar bem? - inesperado.

-Poderes de filhos de Poseidon?! - Kelli é tão burra assim?

-Não diga? Sério? - ela pergunta com uma expressão de curiosidade. - Deixe de ser lerdo, Perseu. Quero saber quais poderes você já descobriu.

-Ah. - paro um pouco de andar pra pensar um pouco - então, eu consigo respirar e ficar seco de baixo d'àgua, posso controlar água que tenha por perto,me curar quando dentro dela, fazer bolhas de ar para outra pessoa também respirar, sinto algumas coisas na água, posso me comunicar telepaticamente com os animais marinhos e cavalos, zebras, pégasos e alguns outros, a pressão da água não me incomoda em nada, sei as coordernadas em que estou quando em rios, mares e afins e... acho que são esses em geral.

-Ou seja, os poderes comuns de filhos de Poseidon. - Kelli revira os olhos novamente enquanto diz com deboche. - Perseu, você precisa aprender alguns poderes novos.

Poderes novos? Achei que ja tinha descoberto o que deveria. Mas ja pensei em pesquisar mais sobre nos livros do acampamento. Talvez eu tenha procrastinado um pouquinho demais.

-E como eu faria isso? Você é quem me ensinaria? - quase rio da ideia, mas me contenho com um sorriso sarcástico

-Sim, eu ensinaria - ela devolve - Você se esquece, Jackson, que eu sou um monstro e ja vivi muito. Ja passei por varios filhos de Poseidon, e geralmente eles só aprendem os mesmos poderes que você, e não aprendem a intensificar os mesmos. Mas alguns, aprendem outros. E eu te ensinarei, assim você pode ajudar mais na guerra.

-Espera, você fala sério? - pergunto desconfiado.

-Sim, por que não falaria? Você agora está no lado de Gaia, precisa ser mais fortes que semideuses normais. - Kelli responde. - mas agora, o que temos que nos preocupar é com seu atual estado. - diz me olhando de cima a baixo, com expressão enojada.

-Olha, eu sei que eu não estou nada bem, mas não precisa ofender também né? Você sempre tem essa aparência e...

-Chegamos! - Nea grita, me interrompendo.

    Olho pra frente e o que vejo realmente é um templo. Não sei o que esperava, mas acho que não um de verdade e totalmente estruturado. O que imaginei era algo quebrado, velho e desgastado e não um templo normal.

    -Finalmente! - exclama Kelli, entrando no lugar.

    Quando entro, me deparo com comida de verdade e algumas latinhas de coca diet. O que faz lembrar de Grover, que ama latinhas.

    Espera... Grover!

    Nós ainda temos nossa conexão. Eu posso tentar falar com ele, pedir para comunicar aos 6 mais treinador e Nico, e lhes dizer que estou indo bem e que não devo demorar muito para chegar as portas do jeito que estou indo. E quando estiver chegando, posso tentar de novo e dizer que estou perto, assim como ele pode me dizer onde os outros já estão, além de me atualizar sobre o mundo superior.

    Percy do passado, muito obrigado por não ter desfeito nossa conexão, você é um gênio.

    -Perseu, descanse um pouco e quando acordar, vamos treinar. - Kelli diz enquanto estou terminando alguns M&Ms que provavelmente foram algum dos Stolls que ofertaram.

-É melhor mesmo, garoto. - ri Serefone. - se quiser ficar mais forte, você tem muito trabalho pela frente.

-Ei! Eu poderia te matar com apenas um golpe de espada, sem esforço nenhum. - em condições normais, mas eu não acrescento isso. Não quero lutar agora, quero terminar minha latinha de refrigerante e dormir.

-Sim, é verdade. - diz Kelli.

-Obrigado.

-Mas não quer dizer que poderia matar todas nós hoje. - Kelli termina, sem olhar em meus olhos.

Uma ameaça clara: pise na bola, deixe que eu descubra que é uma mentira tudo o que você disse, tente alguma coisa... no fim, você perde de todas nós enquanto está fraco.

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Revisado!

Dark PercyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora