Mais que amigos - George Weasley

Capítulo 7- Aquele do Aniversário (Parte 2)

~Pov Hayley~

Depois de abrir todos os presentes, e nos divertirmos além da conta, subi para o meu quarto para preparar uma noite de meninas. Como o Rony se negou a dormir com George e Fred, Harry ficou sem seu presente de aniversário. Então Gina, Hermione e eu decidimos dormir juntas no meu quarto para conversarmos mais e comermos os doces que eu ganhei.
Enquanto vestia meu pijama escuto algo batendo na janela do quarto. Era uma coruja preta, muito linda e elegante. Abro a janela e ela me entrega uma carta e percebo que tem uma caixa amarrada em sua pata. Desamarro a caixinha, dou um pouco de comida da Ocean para ela. Sinto sua cabeça se esfregando na minha mão e logo ela sai voando.

Abro o envelope e começo a ler:

Feliz aniversário Potterzinha!! Não achou que eu iria me esquecer não é? Eu sei que você não liga muito para coisas caras, mas não resisti. Espero te ver em breve. Temos muito o que conversar.
Beijos, Draco.

Abro a caixinha e fico em choque. Era uma pulseira de ouro escrito Hayley. Era linda mas um pouco exagerada. A cara do Malfoy. Tiro da caixa e coloco no pulso. Ficou incrível. Guardo a carta dentro da gaveta da escrivaninha e espero as meninas chegarem.

Assim que nos sentamos no chão em volta dos doces, Gina olha para o meu braço e arregala os olhos. Ela pega na pulseira e começa a falar:

- Meu Merlin, que pulseira linda. De onde você tirou ela?

- Foi um presente de um amigo. Uma coruja trouxe há alguns minutos. - respondo sem citar nomes porque ela não gostam muito da minha amizade com ele.

- Hum, amigo é? Que amigo é esse que dá pulseiras de ouro? - Hermione pergunta com um olhar malicioso.

- Por favor, não me odeiem por isso. Mas foi o Malfoy. Ele que me deu. - falo com um pouco de medo.

- Não vamos te odiar por isso Hayley. Credo. Claro que achamos que o Malfoy não é a melhor pessoa do mundo, mas ele é seu amigo e não nosso. Pode ficar tranquila. - Hermione diz me dando um sorriso.

Depois de alguns minutos alguém bate na porta. Eu levanto para abrir e me surpreendo. Era o George.

- Boa noite Ruivinha. Desculpa incomodar a festa do pijama, mas é que eu queria te dar seu presente.

Saio do quarto e fecho a porta. Olho para ele com dúvida e falo rindo:

- Mas você já me deu meu presente. Tá com problema de memória?

- Aquele presente foi meu e do Fred. Esse é só meu. - ele diz me entregando uma caixinha de veludo.

Quando eu abro encontro a coisa mais linda do mundo. É um pingente de ouro no formato de um lírio com uma pedrinha branca no meio. Tiro minha corrente que ganhei dos meus padrinhos e coloco o pingente nela, voltando-a para o meu pescoço.

- Georgie é lindo. Eu amei. Não precisava ter feito isso. - falo emocionada.

- Eu sei que não mas achei que você merecia. Ficou muito bonita em você. - ele diz corando um pouco.

Eu fico na ponta dos pés e dou um beijo na bochecha dele em agradecimento. Dou tchau e entro no quarto com o coração cheio de alegria e um sorriso radiante.

Mostrei para as meninas e elas acharam lindo. Gina ficou empolgada pensando que George estava apaixonado por mim e dizendo que nós deveríamos nos casar e ter três filhos. E as duas ficaram planejando o casamento enquanto eu apenas ria delas.

Um tempo depois, ouvimos um barulho vindo do andar de baixo. Fui ver o que era, com minha varinha na mão, por segurança. Quando desci as escadas e vi o que era fiquei em choque. Eram George e Angelina. Eles estavam se beijando, sentados no sofá. Não conseguia acreditar naquilo. Era meu aniversário, na minha casa. Senti meu mundo caindo e meu coração se despedaçando. Voltei para o quarto segurando minhas emoções e fingindo que estava tudo bem. Assim que entrei, elas me perguntaram o que era. Eu apenas olhei em volta e percebi que Bichento não estava lá, então menti:

- Não tinha nada. Deve ter sido o Bichento caçando algum rato.

Elas concordaram e eu me deitei. Disse que estava cansada do dia agitado e empanturrada de doces e que queria dormir. Elas deitaram também e foram dormir. Eu não conseguia tirar a cena da minha cabeça. Depois daquele presente eu realmente achei que teria uma chance, mas estava errada. Ele só me via como amiga. Isso não tinha como mudar.

No dia seguinte, não acordei muito disposta. Desci, peguei uma torrada e voltei para o quarto, dizendo que estava me sentindo meio mal por causa dos doces. Entrei no quarto, sentei na janela e deixei o prato com a torrada na escrivaninha. Depois de alguns minutos, alguém bate na porta. Não estava afim de ver ninguém, então não respondi nada. Mais uma batida, seguida de uma voz:

- Querida, sou eu. Posso entrar?

Reconheço a voz. Era o Lupin. Ele era um bom ouvinte então permiti que ele entrasse. Quando a porta se abriu, ele me olhou sentada e fechou a porta. Se aproximou e sentou na minha cama, dizendo calmamente:

- Sei que não foram os doces. Quer conversar?

Não respondi nada. Eu queria conversar mas não sabia por onde começar. Ele então se sentou na janela comigo e olhou para o lado de fora, me imitando. Ele parecia tão sereno, tão paternal. Talvez ele realmente me entendesse. Então decidi falar:

- Posso te fazer uma pergunta?

- Claro. - ele diz voltando seu olhar para mim.

- Por que pessoas legais escolhem as pessoas erradas pra namorar? - sinto uma lágrima escorrer pela minha bochecha.

Ele calmamente limpa a lágrima do meu rosto e torna a falar:

- Estamos falando de alguém específico?

Eu concordo silenciosamente.

- Nós aceitamos o amor que achamos merecer. - ele responde com a voz calma.

- E podemos fazer essas pessoas perceberem que elas merecem mais? - continuo secando mais uma lágrima.

- Podemos tentar. - ele fala me abraçando e dando um beijo no topo da minha cabeça.

O abraço dele me dá paz. É aconchegante e confortável. Um abraço de pai. Depois que me solta ele me dá um sorriso, passa a mão no meu cabelo e sai, fechando a porta.