Mais que amigos - George Weasley

Capítulo 37- Aquele com a Grande Revelação

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Não aguentei deixar vocês esperando, então aí vai mais um. O próximo sai amanhã. Prometo!!! Espero que gostem ❤️❤️ Aproveitem e comentem bastante pra deixar a autora aqui feliz 😊
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~Pov Fred~

Tirei a Hayley de perto daquela cena horrorosa e fiquei em silêncio enquanto ela me abraçava. Não havia nada que eu pudesse falar para tirar a dor que ela estava sentindo. Aparatei com ela para sua casa, sem soltá-la nem por um segundo.

Poucos segundos depois que chegamos, Lupin apareceu na sala para ver quem tinha chegado. Ele percebeu ela chorando e ia perguntar o que tinha acontecido, mas fiz um sinal com a cabeça, impedindo-o de dizer qualquer coisa. Ele entendeu e saiu de lá, levando Sirius junto, que estava entrando no cômodo.

Ficamos abraçados por um tempo, até que sinto suas mãos se soltarem das minhas costas. Quando ela se afasta um pouco, vejo que seus olhos estão vermelhos e inchados. Seu olhar estava vazio e distante.

- Vou pro quarto. Por favor, não conta pra ninguém. E não deixa ninguém me incomodar. - ela fala com a voz baixa e falhada.

- Quer que eu vá junto? - pergunto.

- Sim.

- Vou fazer um chá pra você e já subo. Pode ser?

Ela apenas assente com a cabeça e sobe as escadas.

Assim que ela se virou e saiu de lá, me dirigi à cozinha e encontrei Sirius e Lupin com um olhar sério. Quando entrei, eles me encararam, esperando que eu dissesse alguma coisa.

- Desculpa, mas ela pediu pra não contar. - falo de costas, enquanto arrumo uma xícara de chá.

- Tá maluco garoto? Você vai contar sim! Por que ela estava chorando? - Sirius diz com muita raiva.

- Se acalma Almofadinhas. - Lupin fala calmamente.

- Eu até poderia contar, mas isso causaria uma série de problemas, então acho melhor vocês deixarem ela se acalmar e só depois conversarem com ela. - falo, saindo de lá com o chá na mão. - E Sirius, você vai ter que se controlar pra não voltar pra Azkaban.

- É tão sério assim? - Lupin pergunta, enquanto Sirius me olha com raiva.

- Muito! - respondo e saio.

Subi as escadas e paro na frente da porta do quarto da Hayley. Respiro fundo e abro a porta devagar e calmamente. Coloco só a cabeça para dentro e vejo ela dormindo abraçada com um ursinho de pelúcia. Entro em silêncio, deixo a xícara de chá em cima da escrivaninha, me aproximo dela e tiro o ursinho de seus braços. Tinha sido um presente do George e ela amava mais que tudo. Ela dizia que tinha o cheiro dele. Coloquei o ursinho na cadeira e deitei ao lado dela.

Não conseguia parar de pensar no quanto tudo aquilo não fazia sentido. O George era apaixonado por ela desde sempre, mas nunca se achou bom o suficiente. Ele achava que ela nunca olharia para ele como alguém para ser mais que um amigo. Lembro o quanto ele ficou empolgado quando ela aceitou seu convite para o Baile de Inverno. Ele até dormia sorrindo. Sempre achei que ele nunca a magoaria, mas pelo jeito estava errado.

Passei o dia todo lá, pensando nisso. Em momento algum, ninguém apareceu por lá. Estava aliviado com isso, porque ela estava dormindo, em paz, e não precisava ser incomodada com perguntas que a deixariam ainda mais triste. No final da tarde, ela começou a se mexer e acordou. Seu olhar ainda estava triste.

- Vai pra casa Fred. Eu vou ficar bem. - ela diz baixinho.

- Não! Vou ficar aqui com você. E além disso, não quero voltar pra casa e encarar aquele imbecil.