Capítulo 5

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Point of view — Any Gabrielly

Quando o carro de Benjamin estaciona em frente ao grande portão branco o silêncio predomina no lado de dentro

Ele olha para o câmbio de marcha e permanece com os olhos lá, olho para o painel do carro onde o relógio marca três e meia da tarde.

— Bom, eu vou entrar pois quero descansar um pouco antes de ir para faculdade —  Blair desce do carro sem fazer muito alarde, ela sabe que as coisas entre mim e Benjamin no momento não é uma das melhores.

Sua cabeleira ruiva é enrolada em um coque enquanto ela caminha em direção à entrada da casa, vejo Amélia — mãe da Blair — vir ao seu encontro lhe recebendo com um beijo caloroso, vendo essa cena não posso evitar de sentir um pouco de inveja, pois sei que assim que encontrar meus pais eu estarei assinando minha sentença de morte.

Suspiro e giro meu tronco para que eu possa ficar de frente para meu namorado que ainda está em silêncio.

— Benjamin, eu vou resolver toda essa confusão, eu sei que não é fácil toda essa loucura e que eu o decepcionei. Mas, você sabe o quanto eu te amo e que jamais faria algo para magoar você, meu amor.

Pego sua mão que está descansando em sua coxa, no mesmo instante ele olha para mim e une nossos dedos me dando um pouco de paz para meu espírito e um pouco de esperança, talvez ele consiga passar por cima de tudo que aconteceu nas últimas vinte quatro horas.

— Eu não suporto a ideia de saber que outro cara possa ter lhe tocado, Any. Sabe o que eu sinto? — Seus olhos castanhos escuros estão presos em mim, nego quando percebo que ele espera por uma resposta. — Eu sinto muita raiva e pensar que você disse sim a ele a um juiz paspalho me deixa ainda mais puto. Porque ele e não eu?

Por mais que eu saiba que ele fez uma pergunta retórica eu respondo para tentar apaziguar nossa situação.

— Eu não sei, Benjamin, eu não sei o que aconteceu. Nem amiga dele sou, apenas o suporto por ele ser do mesmo curso que o nosso e ser amigos dos meninos.

— Então porque, Any? — Posso ver claramente dor em seus olhos me deixando ainda mais triste.

— Talvez alguma aposta idiota, eu devia estar bêbada demais para ter ido até alguma igreja e ter dito sim. Você mais do que qualquer pessoa, sabe quais são meus planos.

— É eu sei — Um sorriso nasce em seus lábios finos e rosados — Eu faço parte da maioria deles.

Sorrio e afirmo com um balançar de cabeça, fecho meus olhos quando sua mão segura meu pescoço e traz seus lábios até o mesmo dando uma pequena mordida.

— Dorme comigo essa noite? Eu nem tive a chance de ficar contigo a noite passada.

Benjamin sabe ser persuasivo quando quer, aqueles olhos castanhos que tanto amo se fecham quando ele roça seus lábios nos meus.

— A gente precisa ficar juntos, você concorda comigo?

Apenas começo a balançar minha cabeça em sinal de concordância envolvida demais para conseguir verbalizar alguma palavra. Ele me beija com desejo enquanto sua mão segura minha coxa subindo bem devagarinho e começando a entrar por dentro do meu vestido.

— Você não está bravo ou magoado comigo? — Pergunto com cautela com sussurros contra seus lábios.

— Chateado seria a palavra correta, contudo, eu te amo demais para ficar longe de você. — Eu sorrio tão grandiosamente que minhas duas fileiras de dentes estão amostra. — Então, vamos passar a noite juntos?

180 DAYS | NoanyWhere stories live. Discover now