Capítulo 39

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Point of View — Any Gabrielly

As lutas que estou enfrentando
As oportunidades que estou tendo
Às vezes podem me derrubar, mas
Não, eu não estou quebrando
podem não saber,
Mas estes são os momentos que
Eu vou lembrar mais, sim
Só tenho que continuar
E eu, eu tenho que ser forte.

The Climb- Miley Cyrus

O corredor branco é enorme e silencioso, enfermeiras e acompanhantes passam a todo instante com pressa sem ao menos nos olhar ou cumprimentar, Noah está assim como eu: impaciente.

A senhora que desmaiou bem em frente ao nosso carro acordou dois minutos depois que paramos, ela queria ir para casa, mas como percebemos sua palidez, Noah insistiu em trazer a mesma até o hospital mais próximo, o que fez a pequena senhora recusar prontamente, depois de muita insistência Noah a convenceu a vir até aqui, dizendo que pagaria por tudo que fosse necessário, a senhora apenas agradeceu e entrou em nosso carro. 

Agora estamos aqui esperando a senhorinha e o médico com os exames que foram pedidos assim que fomos atendidos.

Noah toma um café preto e eu me distraio com minhas unhas que estão somente com uma base para tentar evitar que se quebrem.

— Acompanhantes de Guadalupe. — O médico vem até nós, Noah se coloca de pé no mesmo instante, ele está nervoso, apesar de não conhecermos a senhora, parece que ele se afeiçoou a mulher que vende doces para ganhar a vida.

— A senhora Guadalupe fez alguns exames e encontramos uma anemia profunda, ela precisa de uma transfusão de sangue imediatamente, ela já está bem fraca e precisa urgentemente de alguns componentes que o sangue contém. Apesar da senhora não ter um tipo sanguíneo raro, não temos em nosso estoque no momento. O sangue O positivo, seria o ideal já que ela é AB positivo e ela poderia recebê-lo facilmente.

Noah suspira frustrado e enfia as mãos em seus bolsos da calça.

— Eu poderia ser um doador, mas ingeri álcool nas últimas horas.

Os dois me olham esperando saber se eu posso ser uma doadora, mas eu não tenho certeza do meu tipo sanguíneo, nunca me preocupei com isso.

— Eu não tenho certeza, mas acho que sou A positivo, tenho uma vaga lembrança de uma vez ainda quando criança ouvir minha mãe dizer, mas jamais procurei saber.

— Ótimo, vamos fazer o teste agora mesmo, se for compatível você poderia ser a doadora?

— Mas é claro, Doutor.

Durante o caminho, o doutor Clifford me pergunta se ingeri álcool ou algum tipo de droga nas últimas horas, se tenho alguma DST ou se tive alguma doença, qualquer que seja eu deveria lhe dizer. A resposta para todas as perguntas é não.

Uma pequena quantidade de sangue é retirado de meu braço e levado imediatamente para o laboratório. 

Espero por mais ou menos quarenta minutos e o resultado é satisfatório, meu tipo sanguíneo como havia dito é A só que negativo e mesmo assim não interferiu em que eu seja a doadora.
Foi me explicado que a quantidade retirada não me traria complicações, pelo fato de eu pesar mais que cinquenta quilos e os quatrocentos e cinquenta ml não era prejudicial a minha saúde.

Assino o consentimento e então o sangue é retirado, o processo é rápido e então eles me forçam a comer um lanche para que eu não fique fraca e pedem que fique deitada e em repouso.

180 DAYS | NoanyWhere stories live. Discover now