Capítulo 32

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Voltei, estive sem condições de escrever por motivos justificáveis, peço desculpas por tanta demora.
Ah, como vocês estão?
Espero que bem, espero também que gostem desse capítulo. Boa leitura, beijos e se cuidem, por favor ❤️

Cecília

Eu estive um pouco ressentida comigo mesma por ter me declarado para Theodor. Tinha medo que ele usasse meus sentimentos contra mim, sim, eu estava caída por ele, mas não iria esquecer quem ele era.

Estávamos em uma zona neutra após o nosso diálogo do dia anterior. Uma espécie de áurea normal, mas com muitas palavras não ditas.
Eu não sabia muito bem como agir agora que sabia sobre os seus sentimentos, ou o que ele faria com a descoberta dos meus próprios sentimentos.
Ele esteve me tocando de forma terna, tão carinhoso quanto ele consegue ser, nós tínhamos transado de forma lenta, foi diferente, eu não queria interpretar de forma errada, mas Theodor realmente parecia sentir algo intenso e forte por mim, talvez eu esteja ficando louca, mas ele pareceu fazer amor comigo.

Fechei meus olhos tentando mudar o foco dos meus pensamentos, tentando substituir as imagens da noite anterior.

Voltei meus olhos para ele, tão bonito em sua boxer preta, seu tronco nú, forte. Fiquei observando ele se mover de forma quente na cozinha, meu show particular.

Seu celular estava sobre o balcão a minha frente, ele vibrou três vezes seguidas, mas não dava para ver as notificações porque sua tela estava para baixo.

Theodor me prometeu que deixaria Rosália e Gabriel vivos. Sim, eu acreditava nele, embora estivesse proibida de tocar no nome dos dois novamente. De qualquer forma, eu tinha pego seu número quando nos encontramos no shopping, eu confiava na palavra de Theodor, mas ficaria tranquila quando falasse com Rosália, também queria agradecer sua tentativa, agradecer por se importar e arriscar tanto. Ligaria assim que tivesse meu celular em mãos.

Olhei para o perfil de Theodor, ele estava preparando nosso café da manhã, estaríamos saindo em duas horas para uma nova casa.

— será que algum dos seus ca... - me detive e vi algo parecido com um sorriso — seguranças encontrou meu celular?

— parece que meus capangas subiram de patente.

Seu sarcasmo me deixando estranhamente constrangida, ignorei esse sentimento, os caras trabalhavam para um criminoso afinal. Como deveria chamar eles, soldados? Claro que não.

— eles encontraram meu celular?

Repeti minha pergunta.

— sim, você precisa falar com alguém?

— bem, fazem três dias que não falo com ninguém, temo que eles estejam preocupados.

Falo observando a forma como seu corpo se move enquanto rasga as folhas de rúcula. Seus antebraços flexionando de uma forma quente com todas as suas veias saltando. Sua postura ereta, confiante.

— tenho respondido as mensagens mais importantes através do meu aparelho. Tudo certo.

Sim, tudo certo, eu tinha esquecido que ele tinha esse poder. Theodor se virou completamente ficando de frente para mim, seu olhar questionador.

— será que poderíamos conversar sobre o fato de você ainda ter domínio sobre o meu celular? Seria legal conversar com as minhas amigas sem medo de ter você lendo cada palavra.

— isso não vai mudar.

— eu odeio isso, jamais iria comprometer a segurança delas ou da minha família, eu não preciso fingir, lembra? Não vejo necessidade de manter toda essa vigilância sobre mim.

Aprisionando PássarosWhere stories live. Discover now