Capítulo 45

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Olha eu aqui, sinto muito, minha demora tem o mesmo nome: trabalho.
Como vocês estão? Desejo de todo coração que estejam bem.
Esse capítulo está grandinho, pra me redimir.
Boa leitura, espero que apreciem. ♥️

Cecília

Um mês e quatorze dias haviam se passado como um borrão. Eu amava minha filha, mas ela tinha me deixado destruída de sono durante o primeiro mês, estava ficando um pouco mais fácil com o ajuste do seu sono com o meu. Tinha sido uma noite de puro êxtase com minhas quatro horas bem dormidas, sim, quatro horas de sono ininterruptos e eu me sentia uma nova mulher.

Theodor insistia para me ajudar no turno da noite, mas eu estava em um nível de carência tão grande, ele era uma tentação e Deus sabe que eu poderia muito bem pular em cima dele a qualquer momento da noite, onde me sentia ainda mais desejosa.
Não ajudava que ele parecia ainda mais bonito, ele parecia mais forte, seu cabelo maior, ele também estava um pouco mais desleixado com a barba, então eu tinha descoberto que barba rala definitivamente combinava com ele. Enfim, essa era eu, muito atraída pelo homem que eu deveria estar deixando de amar. Não importa o quanto eu tentasse, o sentimento nunca ia embora, pelo contrário: Theodor vinha se saindo muito bem no lance de ser pai, isso laçava meu coração ainda mais, ele também estava sendo perfeito comigo, me ajudando de todas as formas e cuidando de mim, mesmo quando eu sabia estar sendo uma mulher difícil, ele era nada menos que perfeito então não, definitivamente, não dava para deixar de amar Theodor.

Sim, meu período de restrição ao sexo tinha acabado, eu estava liberada e isso tinha me feito rir bastante(de nervoso) no consultório, porque, eu previa uma vida inteira de seca, já que, seria uma tragédia sequer, pensar em qualquer homem que não fosse Theodor.
Ele estava presente no consultório quando minha ginecologista jogou a informação do nada, claro, ela devia pensar que Theodor e eu estávamos juntos porque ele ia em todas as consultas, nós nunca precisamos dizer o contrário para a pediatra ou para a minha ginecologista. Eu estava com o meu rosto quente, ele me olhou com aquele olhar cheio de significados desconhecidos, havia fogo e eu precisei desviar o olhar senão iria ceder a vontade constante de agarrar ele, tirar suas roupas e, caramba, eu já estava imaginando as cenas novamente, tentei controlar minha respiração e foquei no presente.

Eu tinha minha menina dormindo ao meu lado no sofá, meus pais estavam no quarto fazendo as malas.
Eles iriam partir na manhã seguinte, estaria por minha conta. Eu sentiria a falta deles, mas estava aliviada, não gostava de sentir que estava explorando os dois, minha mãe era maravilhosa, mas ela antecipava cada pequena necessidade minha e eu me sentia ainda pior porque, bom, quem pariu, mantém e balance. Era assim que eu pensava.

Minha mãe entrou na sala e veio para sentar ao meu lado no sofá, ela era toda babona ao nosso redor.

— a vovó vai morrer de saudade dessa princesa linda.

— assim que possível estaremos indo visitar vocês.

Falei tocando a bochecha rechonchuda de Camélia, ela não se moveu um centímetro.

— queria que ela tivesse esse dono pesado a noite - reclamei em um tom divertido.

— logo ela vai ajustar o sono, filha, paciência. Você também deveria aproveitar e dormir um pouco durante o dia, ou - ela me olhou nos olhos e eu sabia que lá vinha a conversa que ela tanto estava querendo ter nos últimos dias, sabia que ela estava querendo se aprofundar — ou permitir que o menino Theo te ajude no período da noite.

— está tudo bem mamãe, também não quero que ele durma aqui e a gente acabe se acostumando e confundindo as coisas.

Ela fez um gesto negativo com a cabeça.

Aprisionando PássarosWhere stories live. Discover now