Capítulo 13. A decisão do Pedro

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Anna

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Anna


Acordo e percebo pela janela do meu quarto que é de noite...
As meninas foram embora. Eu fico deitada na minha cama pensando no Pedro.

Será que ele está bebendo por aí? Ou planejando alguma coisa horrível pra fazer com o pai dele? Ou tentando alguma prova pra dizer que eu estou mentindo? Ou pensando em algum plano pra terminar comigo?
Minha nossa que droga!

Meus olhos enchem de lágrimas.

Eu entro no banheiro que fica no meu quarto e sento no chão perto do vaso. Fico chorando.

Onde será que o Pedro está? O que ele está pensando?

Eu acabo pegando uma gilete na segunda gaveta do armário. Só tem duas gavetas.

Preciso me cortar. Sei que vai doer, mas, vai passar a dor que estou sentindo, o medo que estou sentindo de o Pedro ter feito alguma besteira.

É a segunda vez que tento me cortar, mas, nunca consigo. Suellem disse que seria melhor se distrair com outra coisa, tipo tatuagens. Mas, a tatuagem eu teria que sair daqui pra fazer outra, já à gilete está tão perto de mim...
E Suellen depois admitiu que a tatuagem não deu certo. Talvez a gilete funcione e me deixe melhor.

Então eu já ia fazer um corte no meu braço direito quando alguém bate na porta do meu banheiro.

Eu coloco a gilete rapidamente na minha segunda gaveta e com as mãos enxugo minhas lágrimas.

Pode ser meus pais.

Eu paro de enxugar as lágrimas, pois, não tem mais nenhuma e levanto do chão.

Abro a porta e fico surpresa por ver que é o Pedro.

Fico aliviada por ele está aqui, mas, também fico com raiva por ele ter aparecido só agora.

Então com as mãos fico batendo no peito dele.
Começo a chorar e Pedro me deixa batê-lo.
Ele fica com os olhos de lágrimas e eu digo:

- Seu maldito! Como pôde desaparecer? Fiquei tão preocupada, seu maluco egoísta!

Lágrimas caem nos olhos dele e eu dou uma tapa no rosto dele.
Fico arrependida, mas, não digo nada.

Eu sento na minha cama e coloco as mãos no rosto.

Escuto Pedro dizendo:

- Eu sinto muito. Eu... Eu precisava sumir daquela casa. Não queria ver meu pai e não conseguia te ver. Anna, me desculpe. Me sentir culpado por não está do seu lado quando você mais precisou.

Eu tiro as mãos do rosto e Pedro está chorando.
Ele fica de joelhos na minha frente e coloca a cabeça no meu peito e fica me abraçando. Eu o abraço de volta e choro muito.

Então ficamos deitados na minha cama. Ele de costa pra mim e eu o abraçando, deitada de lado na direção dele.

Paramos de chorar, mas, tem lágrimas em meu rosto, imagino que no rosto dele também.

Afetadas pela dor Where stories live. Discover now