Afetadas pela dor

Capítulo 19. Amigas guerreiras

Anna

Horas depois do jantar... Todos ficaram assistindo filme de ficção.

Eu e Suellen fomos ao quarto dela queimar o diário que eu escrevi e também o diário que Luana escreveu sobre o plano dela.

Então com as mãos Suellen toca em minhas costas e me empurra para a cama dela. Eu pego um dos travesseiros da cama dela e jogo nela. Ela segura o travesseiro e tenta jogar em mim, eu corro levantando da cama dela. Corro pelo quarto rindo e Suellen vai atrás de mim rindo segurando o travesseiro.

Eu e Suellen, ainda estamos lutando pra não ter depressão e estamos lutando pelo sofrimento que tivemos, lutando pra sermos mais fortes se outros problemas aparecerem. E está mais difícil agora depois que Luana se foi. Mas, por outro lado, Luana também nos deu força pra não desistir. Pois, agora eu sei que a morte não é a solução. Eu sei que eu posso ser feliz, pois, eu voltei a gostar da vida que tenho e se eu não gostasse, eu tentaria gostar, pois, a vida é minha, eu posso fazê-la ser incrível.

Sullen pensa a mesma coisa, não queremos e não vamos desistir de lutar, vamos fazer a morte da nossa amiga Luana não ter sido em vão. Vamos mostrar pra ela, seja lá onde ela estiver que o sofrimento pode sair das nossas vidas, que infelizmente sempre irão aparecer, mas, não vamos deixar nenhuma dor nos controlar. E iremos ajudar todos os depressivos que encontrarmos, iremos mostrar pra eles que podem sair dessa doença. Mas, fico feliz que Luana tentou, do jeito dela, mas, ela tentou e agradeço a ela por isso.
Ela é nossa amiga guerreira, somos amigas guerreiras.

Suellen

Horas se passaram... Eu estou tendo um sonho com Luana essa noite.
Ela está no meu quarto, perto da minha cama sorrindo pra mim e dizendo que sente minha falta e da Anna.

— Te amamos, Luana Alves. Obrigada por aparecer na biblioteca da escola roubando o meu lugar, ok é o nosso lugar. — Eu rir sentada na minha cama. Eu paro de rir, mas, continuo sorrindo e digo: — Foi ótimo conhecer você. Seremos pra sempre amigas guerreiras.

Eu disse isso a Luana no meu sonho e diria isso quando acordasse, mas, eu não quero acordar agora. Eu quero abraçá-la e ficar um momento com ela, pois, esse sonho como o do Felix, parece tão real, só que bem melhor, pois, o sonho que eu tive com o Felix foi assustador, parecia pesadelo e eu sabia que só foi assustador, pois, eu me culpava.

Agora que eu não me culpo pela morte do Felix e nem pela morte da Luana.
Consigo ter esse lindo sonho com Luana e eu não quero acordar tão cedo. Espero que ela conheça o Felix e que eles sejam felizes e grandes amigos guerreiros.

Eu ouvir a voz de Deus dizendo que preciso deixar eles descansarem em paz. Que os mortos não tem como aparecer pessoalmente ou em sonhos. Isso é tudo da minha cabeça. Mas, sim, posso sonhar com eles, mas, isso não quer dizer que estão mesmo aqui.
Sim, eu posso ouvir a voz de Deus. O Senhor vive perto de nós. Eu, meus pais, os pais de Luana, Anna e os pais dela estamos indo a igreja e é maravilhoso. Espero que um dia Nicolas e o Pedro vá também.

Jonathan vive na cidade dele e nos falamos pela internet. Fátima está recomeçando sua vida na casa dela, as vezes assistimos filmes juntas.

Os irmãos Bárbara e Peter se mudaram de cidade. Espero que eles parem de fazer bullying com as pessoas.
Algumas pessoas que Luana, eu, Anna e Nicolas perturbamos naquela noite, vieram pedir perdão a mim, Anna e Nicolas pelo que fizeram com Luana. Lamentaram a morte de Luana, uma dessas pessoas é o Diogo.

As vezes visito Klaus e sua família em sua casa, Klaus continua sendo meu psicólogo e de Anna.

Aprendi que as pessoas irão embora em algum momento, eu também irei um dia. Mas, o que importa é o momento que passamos juntos. Sempre vou tentar ficar numa boa com as minhas amizades, farei o meu melhor e sempre guardarei as lembranças no meu coração. E sempre me esforçarei para mandar todos os meus problemas irem embora.
Não sou eu que preciso ir embora desse mundo, são os problemas e eles irão.

FIM.