Capítulo 16. Tentando ficar bem

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Suellen

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Suellen


Estou no meu quarto. Nicolas me trouxe em casa, não conseguir ficar mais olhando pra Luana naquele chão morta.

Antes Nicolas acompanhou Luana até o hospital junto com os médicos. Ele disse tudo ao médico, o que eles precisaram saber para contar aos pais de Luana.
Depois Nicolas me levou pra fazer uma tatuagem e depois me trouxe em casa e voltou ao hospital. Eu só preciso ficar um pouco sozinha.

Então eu ligo o meu computador e pesquiso a música do Shown Mendes, ou Shawn Mendes, eu esqueci agora o nome dele.
Aparece o vídeo. Shawn Mendes, música - In My Blood.

Felix amava ouvir as músicas desse cantor e depois que entrei em uma grande tristeza, fico ouvindo essa música In My Blood que eu me identifico muito.
Então coloco essa música.

Estou com muita vontade de ouvir essa música pra eu lembrar que não está no meu sangue desistir. Eu preciso me acalmar. Eu não penso em me matar, em desistir da vida. Mas, às vezes penso que não conseguirei parar de sofrer, que não conseguirei parar de ter dor no coração e eu quero parar de pensar assim. Eu preciso colocar em minha cabeça como já coloquei muitas vezes, que não está no meu sangue querer sofrer. Eu não posso desistir de ficar bem.

Acabo não conseguindo me acalmar e fico com raiva e então com as minhas mãos eu pego a cadeira que tem em frente ao meu computador e jogo no guarda-roupa. Com as minhas mãos pego minha cama e viro de cabeça pra baixo.

Meu papai aparece no meu quarto, ele parece assustado. Meu papai diz:

— Suellen, o que está fazendo?

Eu fico de joelhos no chão e começo a chorar.

Papai se aproxima de mim e fica de joelhos do meu lado, ele me abraça e diz:

— Ei, Suellen, calma, por favor, querida, calma.

— Hoje está sendo um dia tão horrível!

— Se hoje está sendo horrível, não fuja, viva esse momento. Seja chorando ou fazendo outra coisa, mas, só hoje. Amanhã você vai se esforçar pra tudo melhorar. Só não acabe com seu quarto.

— Não sei se tudo vai melhorar amanhã. Eu posso tentar, mas, não será fácil.

— O que aconteceu hoje?

— Ela se matou... — Eu falei o abraçando. — Luana se matou, papai.

— Minha nossa.

— Eu tentei de tudo ajudá-la, aprendi tanto com o senhor. Eu achei que ela também estivesse se ajudando. Eu não sei o que aconteceu. Eu não acredito que ela está morta.

— Ela deve ter lutado meu amor. Ela deve ter tentando não desistir da vida, mas. só ela sabia até onde ela poderia suportar.

Eu paro de abraçá-lo e paro de chorar, mas, tem lágrimas no meu rosto. Eu digo:

— Eu também muitas vezes não suporto, papai. Não penso muito em me matar, mas, é horrível sentir essa dor, mas, eu continuo lutando. Eu não quero desistir, não quero deixar a dor no meu coração vencer. Luana não poderia ter desistido. Eu tentei salvá-la, mas, ela se jogou, ela se suicidou, ela teve coragem.

Afetadas pela dor Where stories live. Discover now