Capítulo 23

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John

— Ela saiu chorando e me ameaçando, mas pelo menos consegui colocar um ponto final nisso. — Contei enquanto massageava minhas têmporas.

— Posso abrir essa cortina? — Perguntou Tyler apontando para a janela.

— Nem pensar. — O escritório estava escuro, qualquer raio de sol me incomodava.

Ressaca maldita.

— Ela é extremamente mal-educada, arrogante.

— Por que diz isso?

— Primeiro pelo que ela fez com Ana e depois que ontem eu fiz o ensaio fotográfico dela, passamos a manhã inteira e parte da tarde no estúdio, foi o ensaio mais cansativo que já fiz. — Contou irritado. — Ela chegou antes das oito, que foi o horário marcado, gritou com a secretaria porque queria tirar as fotos logo e tivemos que almoçar no estúdio porque não podíamos atrasar as fotos dela, já que ela sempre tem as coisas que ela quer e quando ela quer. — Revirou os olhos.

— Espera aí. — Pedi tentando me lembrar do dia anterior. — Ela disse que me viu com a Julie ontem.

— Não tem como isso ter acontecido. — Falou como se fosse óbvio.

— Ela ficou sabendo da ligação de Ana?

— Não, eu saí do estúdio, foi o momento em que ela foi trocar de roupa.

— Como ela sabe que eu estava com ela? — Perguntei, mas foi uma pergunta retórica e ele pareceu entender isso.

— Alguém deve ter te visto e falado a ela. — Neguei com a cabeça.

— Ela sabia exatamente com quem eu estava.

— Então não sei, cara.

***

Passei o resto do dia tentando descobrir como Hanna sabia com quem estava no dia anterior, queria perguntar, mas isso desencadearia muita coisa, então resolvi ignorar.

Fui para a casa do meu pai, Melanie faria aniversário no final de semana e queria convence-la a fazer algo, a minha mãe tinha me pedido, seria difícil, mas tentaria.

Assim que Dália abriu a porta, Melanie saltou em meus braços.

— Que saudade. — Falou ainda agarrada a mim.

— Parece até que estamos a dias sem nos ver. — Comentei rindo. — Que bom que está animada, vim para conversar com você. — Nos sentamos no sofá.

— Sobre o que? — Perguntou curiosa.

— Seu aniversário.

— Ah, isso? — O desanimo estava claro em sua voz.

— Sim, poderíamos fazer pouca coisa, só para não passar em branco. — Não me respondeu. — Ela quer te ver feliz. — Sorriu fraco.

— Posso pensar? — Ri da forma adulta como ela falou.

— Pode, Mel! — Beijei sua testa.

***

Depois de uma manhã corrida e cansativa, resolvi chamar Julie para almoçar.

"Será que Ana deixaria eu sequestrar você para um almoço hoje?"

Confesso que achei que iria demorar muito para receber uma resposta, mas me enganei.

"Estou autorizada para o sequestro e ela amou o fato de ter todo esse poder sobre mim. "

Ri com sua resposta, poderia facilmente imaginar as palavras saindo de sua boca.

Um Amor Em Meio Ao CaosWhere stories live. Discover now