Capítulo 32

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Julie

Ver Hanna seguir John, fez o meu estômago embrulhar, mas não tive muito tempo para pensar nisso.

— Julie? — Encarei o garçom e todos os encararam também. — A dona da camionete está aqui?

— Eu. — Ergui o braço chamando sua atenção e das pessoas na mesa.

— Precisa retirar o carro de onde está. — Avisou. — Está atrapalhando a passagem de alguns carros. — Estranhei, mas pedi licença, me levantei e saí.

No estacionamento pouco iluminado, vi que não tinha como atrapalhar nada e que não havia carros querendo saí, o lugar estava sem movimento e o único som que foi emitido, foi de uma moto que passou rápido pela pista principal, fiquei sem entender, mas mesmo assim caminhei para mais perto do carro e antes que eu pudesse chegar lá, alguém me atacou por trás tampando minha boca.

— Calada! — Sussurrou em meu ouvido.

Aquela voz me causou um arrepio na espinha e um pânico invadiu meu corpo.

Ele me encostou no fundo da camionete de forma brusca e depois me virou para ele que, sorria de uma maneira estranha.

— Vou tirar a mão da sua boca, mas não vai gritar, está ouvindo? — Assenti e ele tirou a mão dos meus lábios bem devagar, esperando ver a minha reação.

Eu poderia gritar, mas não consegui, um nó se formou em minha garganta, minha vista ficou embaçada e eu me senti sozinha, não sabia o que ia acontecer ali.

O que eu mais temia estava ali, na minha frente, com um sorriso diabólico no rosto e os olhos sombrios.

Onde estava o homem, no qual, um dia fui capaz de amar?

Como não enxerguei o monstro que ele era?

— O que você quer? — Perguntei com a voz embargada.

— Não está óbvio? — Deslizou a mão pela minha cintura. — Antes de irmos, preciso saber de uma coisinha. — Sua mão livre acariciou meu rosto.

— Não vou para lugar nenhum. — Avisei tentando me afastar de seu toque.

— Claro que vai. — Avisou rindo. — Vamos realizar o que passamos seis anos planejando, faremos a família mais linda e feliz. — Ele agarrou meu rosto e juntou nossos lábios com brutalidade.

Em desespero mordi seu lábio, o gosto de sangue invadiu minha boca e ele gemeu se afastando de mim.

— Vagabunda! — Me xingou cuspindo no chão, pensei que conseguiria fugir dele, mas antes que eu tentasse, ele agarrou meu braço. — Você me ama, Julie, por que me machucou? — Perguntou com uma voz triste.

— Eu não te amo. — Cuspi as palavras. — E odeio saber que um dia conseguir amar você. — Riu.

— Me disseram que estava vivendo um romance aqui. Não acreditei, até porque sei que você não me trairia. — Ri. — Preciso que me diga que é tudo mentira.

— Primeiro, não traí você, porque você e eu não existe mais. — Sorri. — E não, não é mentira. — Nesse momento senti o meu rosto arder, depois de ter sido atingido pela sua mão pesada.

— Filho da puta! — Ouvi o berro de John e o corpo de Paul se afastou do meu de forma brusca e só não caí graças a camionete.

Assim que levantei a vista, lá estava o Tyler tentando tirar John de cima dele, os convidados de John apareceram no estacionamento e Hanna parecia desesperada no meio deles.

Um Amor Em Meio Ao CaosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora