Capítulo 40

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Julie

John apagou depois de um banho gelado, já eu, não consegui pregar os olhos nem um minuto se quer.

Tomei um chá, li um livro entediante sobre finanças que estava sobre a prateleira do seu quarto e nem ele foi capaz de me fazer bocejar, passei a noite sentada em um pufe no canto do quarto, a luz do sol foi desabrochando e invadindo as largas janelas de vidro, John se contorceu na cama apertando os olhos, me levantei e fechei as cortinas, deixando ambiente novamente escuro e voltei para a leitura entediante outra vez, não sei por quanto tempo mais, mas posso dar a certeza de que foi por algumas horas.

John se mexeu com o som do despertador e então abriu os olhos e sorriu para mim, desligou o despertador e voltou a me olhar.

— Não dormiu? — Sua voz saiu rouca, algo gostoso de se ouvir.

— Não. — Levantei e me sentei beirada da cama. — Quer que eu faça um café? Acredito que será difícil encarar o dia hoje. — Ele riu.

— Vai ser horrível e logo hoje tenho uma reunião pela manhã. — Revirou os olhos.

— Ok, então vou preparar o café, vai precisar. — Ia me levantar, mas ele segurou a minha mão e me puxou para si, tocando em meu rosto e me dando um beijo lento nos lábios.

— Bom dia. — Sussurrou assim que nos afastamos.

Sorri.

— Bom dia. — Levantei e ele fez um mesmo em meios aos gemidos.

Enquanto preparava o café ele tomava banho.

Tentei parecer despreocupada em relação a situação do dia anterior, mas era impossível.

Querendo ou não, eu era o problema.

Jack só me queria longe de seu filho.

Fui tirada dos meus pensamentos quando ouvir os passos de John alcançarem a cozinha.

Eu não estava nem um pouco pronta para encarar aquela cena tentadora.

Seu físico não era de alguém que malhava, era sem tanta definição, mas seu corpo com certeza havia sido esculpido com todo cuidado do mundo, um estatua dele seria fácil, fácil, de confundir com um ser divino, a toalha em sua cintura, atiçou minha curiosidade.

Que homem.

— Com esse olhar me sinto assediado. — Revirei os olhos e desviei meu olhar do mesmo que riu.

— Você é muito idiota. — Peguei as duas xicaras e entreguei uma a ele.

— Obrigado. — Falou sério dando um gole em seu café.

— Não precisa agradecer. — Beberiquei o café em minha xicara.

— Sinto como estivesse carregando o mundo na cabeça. — Comenta enquanto massageava as têmporas.

— Isso se chama ressaca. — Ele passou a mão pelo cabelo e depois alcançou minha mão.

— Achei que seria um ótimo jeito de fugir disso aqui. — Fez um movimento com cabeça.

— Uma hora você teria que lidar, querendo ou não. — Ele assentiu, deixando a xicara de lado e se aproximando de mim.

Suas mãos contornaram minha cintura, deixei a xicara sobre o balcão e envolvi meus braços ao redor de seu pescoço.

Os lábios quentes tomaram o meu, começando bem devagar, mas em poucos segundos tudo passou a ser mais intenso, a velocidade em que as nossas línguas brincavam em nossas bocas, os apertos em minha cintura, os batimentos cardíacos.

Um Amor Em Meio Ao CaosWhere stories live. Discover now