Livro 2
Com uma tragédia na família presidencial e um novo golpe foi dado no país. Os homens ricos continuaram com suas coroas e nós, mulheres, perdemos o nosso posto de ser humano e viveríamos apenas para obedecê-los.
Um garoto e uma garota, de v...
É minha culpa, é minha culpa, porque eu coloquei cobertura em cima
Agora, os garotos querem provar esse bolo de morango
É meu erro, é meu erro, ninguém os ensinou a não agarrar
Agora, os garotos querem provar esse bolo de morango
― Melanie Martinez | Strawberry shortcake
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Andando pelas calçadas naquela noite de sábado, Mary olhava o horizonte enquanto ouvia uma música pelo fone de ouvido. A rua principal estava bem movimentada, os bares com suas longas filas de espera e os restaurantes caros se enchendo a cada hora que passava. A garota havia pegado um ônibus ao sair da casa dos Campbell, mas ainda tinha alguns minutos a pé para chegar em sua casa, mas nada que a distração nas músicas não resolvesse.
Quando virou numa rua mal iluminada, percebeu que ao longe havia um grupo pequeno de garotos parados, eram três, e estavam encostados na parede, como se esperassem alguém passar. Ela segurou as alças da bolsa e respirou fundo ao continuar a andar, torcendo que não fosse perturbada, o que o destino não quis ouvir. Um loiro alto se aproximou de braços cruzados, fazendo-a parar e tirar um dos fones resmungando baixo pelo mau cheiro de álcool e cigarro.
― Posso ajudar? ‒ perguntou ela cruzando os braços ― ou agora preciso pagar uma moeda pra poder cruzar a rua?
― Olá, gracinha ‒ sorriu o loiro ― o que faz aqui sozinha?
― É perigoso, sabia? ‒ outro, usava um boné preto e um casaco feio de estampa de zebra, se aproximou, parando logo atrás da garota.
― É, tô sabendo ‒ Mary o olhou por cima do ombro e revirou os olhos ― dá pra saírem do meu caminho? Estão me atrasando.
― Que isso, gracinha ‒ o loiro deu mais um passo à frente, apoiando sua mão sobre seu ombro ― só queríamos bater um papo com uma moça tão bonita como você.
― Com esse vestidinho em ‒ o terceiro, de cabelo cacheado, parou ao seu lado, passando a mão pela bunda da garota, na tentativa de erguer sua peça de roupa ― sexy.
― Tá maluco, garoto?! ‒ berrou ela dando um soco em seu nariz, ela deu alguns passos para longe do trio ainda resmungando ― mas que caralho, eu só queria ir pra casa! Seus bêbados nojentos, vou chamar a polícia!
― Filha da puta ‒ o cacheado colocou a mão sobre o nariz e se aproximou com seus dois amigos, fazendo a garota encostar o corpo no poste ali próximo ― a gente estava sendo legal com você, sabia?
― Imagine se não fossem legais ‒ resmungou ela segurando fortemente sua mochila.
― Agora, sabe o que vamos fazer com você? ‒ o de boné avançou, segurando a garota pelos ombros e dando um enorme sorriso maléfico ― vamos foder você, até você não ter mais voz pra pedir socorro.