Livro 2
Com uma tragédia na família presidencial e um novo golpe foi dado no país. Os homens ricos continuaram com suas coroas e nós, mulheres, perdemos o nosso posto de ser humano e viveríamos apenas para obedecê-los.
Um garoto e uma garota, de v...
Mas vou ficar em silêncio até você passar do limite
― Battle of the larynx | Melanie Martinez
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Saindo do quarto do James, Katherine fechou a porta olhando ao redor no corredor, procurando algum sinal da Mary por aquele andar. Descendo as escadas, a avistou no jardim, conversando com um dos jardineiros enquanto levava o saco de lixo para fora, a madame saiu da casa semicerrando os olhos por conta da luz do sol e se aproximou da garota, tocando seu ombro, a fez olhar rapidamente para ela.
― Senhora Campbell? ‒ jogando o saco no latão, ela se virou retirando as luvas de borracha ― precisa de alguma coisa?
― Miguel ‒ falou ela com o jardineiro ali parado ― pode nos dar licença?
O homem ruivo apenas assentiu e saiu andando de volta para seu trabalho, Katherine o observou até que estivesse longe o suficiente e voltou dar atenção a garota.
― Quero você no escritório, agora ‒ ordenou ela olhando-a dos pés a cabeça ― sua mãe está lá ― dando um sorriso falso, a mulher saiu andando de volta para dentro.
― Me fodi ‒ sussurrou ela tombando a cabeça para trás ― aquele merdinha.
Atravessando o jardim rezando o pai nosso por puro desespero, Mary entrou pela porta de serviço, lavou as mãos na pia da lavanderia e subiu as escadas secando-as no avental. Parando em frente ao escritório, ela respirou fundo, tombando a cabeça para frente e deu duas batidas antes de girar a maçaneta.
― Pode entrar ‒ a voz fina da patroa ecoou em resposta às batidas na porta.
― Licença ‒ sussurrou Mary ao entrar e ver sua mãe em pé no meio da sala e o James sentado na poltrona com uma bolsa de gelo entre as pernas ― dramático ‒ pensara ela ao se virar para fechar a porta.
Olhando para Madeleine, a garota se aproximou colocando as mãos para trás e parou ao seu lado engolindo o seco.
― Por que você agrediu o meu filho? ‒ Katherine interrompeu o silêncio ― acha que aqui é sua casa e que pode fazer as coisas que bem entender com meu filho?
― Perdão, senhora Campbell, mas seu filho estava me provocando.
― Ora, não consegue ouvir uma brincadeirinha?
― Seu filho, minha senhora ‒ Mary o olhou pelo canto do olho e voltou a olhá-la ― apontou o dedo na minha cara, estava me ameaçando.
― É verdade, James? ‒ Katherine cruzou os braços e o olhou.