Ah, eu amo e odeio ao mesmo tempo
Você e eu bebemos o veneno da mesma vinha
Ah, eu amo e odeio ao mesmo tempo
Escondendo todos os nossos pecados da luz do dia
― Daylight | David Kushner
Ao voltar para casa, depois do encontro com o grupo Devil, Mary se despediu da amiga com um beijo na bochecha e saiu do carro colocando sua bolsa sobre o ombro; acenou para ela com os dedos e entrou sem fazer barulho, já que uma hora daquelas sua mãe estaria dormindo. Provavelmente estaria deitada no sofá como sempre fazia quando a garota saia durante a noite.
Mas ao cruzar a porta de entrada do prédio, percebera que algo estava errado, a porta da casa estava aberta, escancarada, na verdade, coisa que nunca havia acontecido, ainda mais tarde da noite e a Tv estava ligada em um programa aleatório. Mary se virou para fora para chamar sua amiga, mas Gaby já havia ido embora, então respirou fundo fechando a porta e pegando um guarda-chuva no canto da parede, decidiu entrar.
― Mãe? ‒ chamou sem receber uma resposta ― mãe, a senhora está aí?
Passando pela sala, desligou o aparelho e olhou ao redor, estava tudo bagunçado, havia almofada até mesmo na entrada da cozinha, "Assalto? Mas não levaram a televisão?" pensara ela enquanto caminhava a passos lentos e firmes para o outro cômodo.
― Mãe? ‒ chamou mais uma vez entrando na cozinha, mas ao abaixar o olhar para a mesa, Mary paralisou largando o guarda-chuva no chão. Madeleine estava caída perto da parede, com um corte na cabeça e desacordada ― MÃE!
A garota caiu ajoelhada próximo ao corpo da mulher e a puxou cuidadosamente para suas coxas, pousando o indicador e o dedo do meio sobre sua jugular, viu que ainda havia pulsação, por sorte não estava morta. Agarrando sua bolsa, pegou seu celular com as mãos tremulas e desbloqueou a tela indo até o teclado de chamada e ligou para o número mais recente. James Campbell havia ligado pouco antes de sair para pedir desculpas pela terceira vez na semana.
― Alô? Mary? ‒ o garoto atendeu antes do terceiro toque.
― James! James por favor, venha à minha casa, por favor! ‒ sua voz saiu trêmula, tal como suas mãos que seguravam o aparelho com força contra o ouvido ― minha mãe... alguém invadiu minha casa! Por favor!
― Meu Deus, Mary! Já estou indo, se acalme ‒ finalizando a chamada, James correu para seu carro estacionado no jardim.
Largado o celular no chão, pois se sentia fraca demais para deixar os braços levantados, Mary começou a respirar ofegante enquanto cravava seus dedos sobre sua coxa, sua visão estava embaçada pelas lágrimas que preenchiam seus olhos e sentia algo preso na sua garganta. Deixando Madeleine sobre uma almofada, que estava jogada pelo chão, se encostou na parede mais próxima e abraçou suas pernas contra o corpo.
DU LIEST GERADE
𝑫𝑶𝑵'𝑻 𝑪𝑨𝑳𝑳 𝑴𝑬 𝑨𝑵𝑮𝑬𝑳 ━ Livro 2 │ HIATUS
RomantikLivro 2 Com uma tragédia na família presidencial e um novo golpe foi dado no país. Os homens ricos continuaram com suas coroas e nós, mulheres, perdemos o nosso posto de ser humano e viveríamos apenas para obedecê-los. Um garoto e uma garota, de v...