𝐘𝟒: The Second Task

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O último passeio do ano à Hogsmead ocorreu na véspera da Segunda Tarefa.

Devido aos preparativos para as demais fases do Torneio Tribruxo e ao aumento da carga horária das aulas, foi decidido que as visitas à aldeia seriam suspensas até começo do ano seguinte; então os meus amigos e eu achamos que aproveitar não seria uma má ideia.

Hermione e eu fomos conversando na frente, mas eu não consegui prestar muita atenção no que ela estava dizendo porque eu estava pensando em Harry. A cada dia, a frequência com a qual eu fazia isso aumentava; e o fato vinha acontecendo desde que Harry e eu nos beijamos pela primeira vez.

Estar com ele significava muitas coisas. No geral, apenas o sentimento reconfortante proporcionado pelas pequenas demonstrações de afeto era mais do que o necessário para me fazer sorrir. Aquilo tudo me fazia sentir que eu era amada e que estava segura. Na verdade, a simples referência ao nome de Harry era o que me proporcionava esse misto de sensações exorbitantes e até então desconhecidas.

Usufruir da companhia dele era o mesmo que estar em casa, e esse talvez fosse o objetivo principal. Tê-lo ao meu lado era tudo o que eu mais precisava; e o resto, se é que havia um, poderia ser facilmente arranjado com o tempo.

Eu nem ao menos entendia o porquê de eu insistir tanto em chamá-lo de melhor amigo quando estava claro que eu queria ser muito mais do que apenas isso. Talvez fosse o simples medo de me machucar, ou as outras milhões de possibilidades que a incerteza carregava; e talvez eu nunca fosse viver o suficiente para saber.

De um jeito ou de outro, eu estava feliz.

A primeira loja que visitamos foi a Honeydukes. Ron e eu, como sempre, tentamos comprar pelo menos metade dos doces que estavam a venda; Hermione ficou nos repreendendo por gastar o nosso dinheiro com artigos desnecessários e Harry apoiou tudo o que estávamos dizendo porque sabia que Ron Weasley e S/N Mackinnon Black precisavam de uma quantidade mínima de açúcar por dia.

Depois, fomos a uma loja de conveniência e compramos alguns itens que estavam faltando na nossa lista de material escolar: pergaminhos, penas e tinteiros novos; refis de folhas para os nossos cadernos de anotações e novos ingredientes para as aulas de Poções. Também fomos numa daquelas lojas de auxílio aos animais mágicos e abastecemos o estoque de comida que tínhamos para os nossos respectivos bichos de estimação.

Na hora do almoço, Ron sugeriu que fôssemos ao Três Vassouras. O lugar estava lotado, mas nós conseguimos passar com as sacolas de compras e nos acomodamos na mesma mesa de sempre. 

Um homem veio até onde estávamos com um bloquinho de anotações e se postou ao lado de Harry. 

— Quatro cervejas amanteigadas, por favor — pedi.

— Certo — ele assentiu. — Alguma coisa para comer?

Hermione negou com a cabeça rapidamente.

— Não, obrigada.

O homem fez que sim com a cabeça mais uma vez e se retirou.

— E quem foi que disse que eu não quero comer nada? — reclamou Ron.

— Eu disse — a garota revidou. — Não é possível que você esteja com fome, Ronald. Nós acabamos de sair da loja de doces!

— Na verdade, já faz mais de uma hora — o ruivo revidou, olhando para o mostrador do seu relógio de pulso.

— Será que vocês não conseguem não brigar? — interrompi. — Pelo amor de Deus, até parece que vocês ainda estão no jardim de infância.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterWhere stories live. Discover now