𝐘𝟔: Draco?

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Pouco antes do amanhecer, uma coruja entrou pela janela aberta do dormitório de Harry e pousou sobre nossas cobertas. Obviamente, acordei de susto e caí da cama.

— Mas que porra...?! — exclamou Dino, do outro lado do quarto, em sua cama, levantando de susto também. Harry sentou-se muito rápido, desnorteado. — Por que caralhos tem uma coruja aqui em plenas sete horas da manhã? Hoje é domingo, S/N, domingo!

— E eu que vou saber? — reclamei, frustrada, levando uma mão ao coração para me recuperar do susto. — Ou você acha que caí da cama porque quis?

— Sei lá, tem doido para tudo nesse mundo...

— Doida é a sua avó — revidei.

Dino escancarou a boca em descrença, fingindo aborrecimento. Harry perguntou, ainda meio sonolento:

— Você está bem, S/A?

— Vou ficar, mas minha bunda está doendo. O que a coruja quer?

A ave deu um pio, indignada. Fiz uma careta, cheia de culpa, olhando para ela.

— Foi mal.

— Ela trouxe um bilhete — disse Harry, desamarrando o pedaço de pergaminho minúsculo que estava preso à perna da coruja. — É para você, de Maddie.

Levantei-me muito rápido, quase tropeçando de novo. A coruja se assustou e alçou voo sem aviso prévio, saindo pela abertura da janela, e confesso que, mesmo depois de todos aqueles anos, nunca me acostumei com isso. Ouvir as asas de uma coruja batendo próximo ao meu ouvido me deixava um pouco agoniada.

— Você não estava com dor na bunda? — disse Dino com um sorriso cínico nos lábios. Revirei os olhos.

— Volte a dormir, Thomas.

— Não dá. Uma vez que meu sono é violado, não tem volta — disse ele. — Que é que tem escrito no bilhete?

— É isso que vou ver agora.

Desdobrei o pedaço de pergaminho e li:

Preciso conversar. É urgente.
Maddie.

Meu coração começou a bater muito rápido, mas levantei-me de um salto mesmo assim. Fazia tempo desde a última vez em que Maddie me escrevera, e, considerando nossa situação naquele período, um "preciso conversar" era coisa séria. Principalmente se a mensagem vinha de minha irmã.

— Que aconteceu? — perguntou Harry, apreensivo, observando enquanto eu pegava meu roupão e calçava meus chinelos de sempre, prendendo meus cabelos para que parassem de cair sobre meu rosto. — Que é que tem escrito no bilhete?

— Não dá tempo de explicar agora — falei. — Prometo que conto tudo depois — corri até a porta, depois voltei, incerta do que fazer a seguir. Onde exatamente eu encontraria minha irmã, considerando o tamanho daquela escola? — Se eu não aparecer para tomar café da manhã, guarde umas panquecas com mirtilos para mim, ok?

— Hã... Ok.

Não esperei por uma resposta mais longa, e saí correndo escada abaixo. Quando atravessei o buraco do retrato da Comunal da Grifinória, quase tropecei pela terceira vez num intervalo de cinco minutos, dessa vez em Maddie.

— Ah, S/N. Graças a Merlin.

— O que aconteceu, Maddie? Que bilhete foi aquele?

Minha irmã parecia muito inquieta. Na verdade, parecia que ela não tinha dormido durante toda a noite.

— Fiz merda.

— Ai meu Deus. Você matou alguém?

— Quê? Não! Foi pior do que isso.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterOnde as histórias ganham vida. Descobre agora