q u a t r o

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Acordei ouvindo incansáveis ​​batidas na porta do meu quarto

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Acordei ouvindo incansáveis ​​batidas na porta do meu quarto. Tinha absoluta certeza que era meu pai, pois se tem algo que ele gosta de fazer, é me importunar. Lu ainda dormia ao meu lado, ela tinha sorte de ter bebido tanto e não ter que ser acordada com alguém esmurrando a porta. No relógio marcava oito horas da manhã e na cabeça do meu pai era um bom horário para acordar aos sábados.

Levantei da cama preguiçosamente e andei até a porta coçando os olhos tentando me acostumar com a claridade que invadia meu quarto pela janela. Abri a porta e meu pai me olhava com uma expressão carrancuda, revirei os olhos sabendo que iria ouvir sermão mesmo sem saber o motivo já que naquela semana eu não havia feito nada de errado.

—Quantas vezes eu já disse que não quero que você traga mulheres pra cá. - sua voz saiu como um sussurro, mas ainda assim parecia que estava rosnando pra mim. — se quiser transar com alguma vadia que procure um motel, em minha casa eu quero respeito.

—Ela é só minha amiga, e não aconteceu nada. Quando ela acordar a levarei para casa, senhor Camillo - falei tentando transparecer o mais calmo possível, embora soubesse que ele odiava quando eu o chamava de senhor Camillo ao invés de pai. Eu fiz apenas para provocar, porque a forma que ele se referiu a Luana me fez querer revidar as ofensas. Entretanto, era sábado, e eu não queria estragar meu dia.

Ele não falou nada, apenas ficou me encarando com sua expressão de que não
transou a noite e então saiu andando pelo corredor.

Voltei para a cama com a tentativa de tentar dormir novamente, mas de alguma forma o sono havia passado. Então peguei meu celular e abri na conversa com Gabriel onde havia o contato de Bárbara.

Quando cheguei do clube com Luana não tive tempo para pegar no celular novamente já que ela resolveu querer conversar sobre todos os filmes que já viu na vida e mexer em todos os móveis do meu quarto. Mas deitado na cama encarando o celular eu salvei seu numero e abri a conversa. Sua foto foi à primeira coisa que eu reparei. Bárbara estava sorrindo, mas não estava olhando para a câmera. Certamente alguém havia tirado a foto quando ela não estava vendo. Seu sorriso era espontâneo e natural seus olhos ficarem estreitados. Eu nunca a vi sorrindo forma, muito menos pra mim já que era nítido que ela me odiava.

O MAIOR DOS CLICHÊS; 𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋Where stories live. Discover now