capítulo 09

452 58 32
                                    

Hero F.

Achei que lembraria dessa madrugada com orgulho. Uau, eu transei com uma mulher que não era Josephine, de novo. Mas, não posso ter orgulho de uma coisa que não me faz sentir absolutamente nada e eu não posso culpar a mulher. Talvez aí estivesse o problema, a mulher não era a minha Jo.

Não tive forças para subir pro meu quarto e agora estou tentando criá-la para sair desse quarto.

Não, eu não me arrependo de ter ligado. Me arrependo por ter sido ingênuo ao ponto de achar que ela voltaria fácil assim e de quem em nenhum momento, eu a pedi desculpas.

— Merda! — coloco a mão na cabeça por conta dos meus pensamentos e também por a ressaca que eu estou.

Ainda consigo criar uma coragem para levantar de vez, o que me faz ficar tonto. Não vou aguentar subir, então vou até o banheiro do quarto entrando direto no chuveiro.

— Quer ajuda no banho?

A voz.

A sua voz voltou e estava ali comigo, abro os olhos conseguindo ver novamente por outro ângulo algo que vive com Josephine.

— Hero, não! — ela ri quando eu saio todo molhado, correndo atrás dela.

— É só água! Você não gosta muito, né? — digo rindo.

— Ela é muito gelada, sai!

Será que eu fiquei louco de vez? Parecia tão real, sempre não real.

— As coisas não são mais as mesmas, não é Hero? — Josephine aparece encostada na porta do banheiro.

— Parece que não consigo tirar você da cabeça.

— Percebi. Sempre me manda embora e eu sempre estou retornando.

— Agora é real. Eu te amo, Josephine. O suficiente pra deixar você ir.

— Diz isso pra si mesmo? Sabe que não vai conseguir... até breve, Hero.

— Espera! — grito e ela some.

De repente, escuto um choro vindo da cama. Desligo o chuveiro, pego a toalha e caminho até lá.

— Por que fez isso comigo Jo? — eu grito chorando — Fala comigo, por favor! Fala comigo.

— Senhor Tiffin? — me assusto com a voz de Jenny — Vai tomar café?

— Irei agora Jenny — vou até ela sem tirar os olhos da cama — Só vou trocar de roupa.

Josephine L.

Vou descendo as escadas devagar para não acordar Luke, porém, quando chego na sala, lá estava ele sentado na mesa da cozinha.

— Eu não sabia que horas você acordava e fiquei com medo de não conseguir alcançá-la — ele sorri — Fiz Waffles, sei que você gosta.

— Eu nunca te contei que gostava de Waffles.

— Bem, quem não gosta?

— Você sabe que não precisava — caminho até onde ele estava.

— É, eu sei. Só quis retribuir.

— Muito obrigada, Luke — bagunço seu cabelo e me sento.

— Então... an... é — ele se remexe na cadeira — Você dormiu bem ontem?

— É... sim! Foi uma boa dormida e...

— Não precisa mentir pra mim. Josephine, meu quarto é quase colado no seu, é óbvio que eu escutei você chorando ontem. Chorou tanto que dormiu.

Contrato: O jogo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora