Contrato: O jogo

capítulo 16

Josephine L.

Respiro fundo sentindo que as lágrimas querem chegar; eu preciso ser forte, então me sento ao seu lado.

— É... — assim que eu abro minha boca para falar, ou melhor, tentar achar alguma palavra, ele me olha e eu consigo ver nitidamente a dor que seu olhar carrega, então o abraço fortemente — Fique pra sempre.

— O que? — ele me pergunta baixinho.

— Você pode ficar... essa noite — tento distorcer a situação.

Muitos vão se perguntar o motivo de eu ainda me importar tanto com o Hero Fiennes. Bom, é como diria um filme aleatório que eu assistir:

"Eu acho que quando você tem uma conexão com alguém, isso nunca realmente se vai, você sabe? Você volta a ser importante um para o outro porque você ainda é."

— P-Pode me emprestar seu telefone? — ele me pergunta.

— Por que?

— O meu caiu do prédio quando eu estava... sabe, na cobertura.

— Por que estava lá?

— Você sabe... — Hero vira o rosto — Não penso direito e...

— Aí meu Deus, Hero! Por que? Por que fazer isso?

— Porque não existe eu, se não existir você.

É visível que ele está completamente bêbado e não irei culpá-lo por ter pensado em fazer algo tão estúpido.

— O-O que fez você desistir? — pergunto um tanto insegura.

— Você veio — suas palavras fazem meus olhos brilharem, mesmo que eu não tenha entendido muito bem — Eu te amo. E eu vou te amar até meu último suspiro, Josephine.

— Vou pegar uma toalha pra você tomar banho — sorrio — Já volto.

[...]

— Como ele está? — Luke pergunta assim que eu chego na sala.

— Ele ia se matar — ponho a mão na cabeça — Luke, ele ia se matar.

— Sério? O que fez ele não ir afundo nisso?

— Eu! É muita informação pra minha cabeça assimilar agora — fico um tempo em silêncio — Pode levar uma toalha pra ele?

— Claro.

Assim que Luke sai, eu me sento no sofá e fico tentando imaginar o que eu faria que ele realmente tivesse ido.

É algo que me dá arrepios.

Luke P.

Pego uma toalha limpa no meu quarto e levo até Hero.

— Aqui — sorrio e ele franze a testa — Ela... ela só tá tirando um tempo pra pensar.

— É, eu sei — ele diz e eu apenas solto um sorriso, me preparando para sair do banheiro — Luke. — porém ele me impede disso.

— Hm?

— Obrigada por ter me deixado entrar.

{Flashback on}

Escuto batidas fortes na porta, não podia ser da Josephine pois ela tem chave e não bateria tão forte caso tivesse deixado.

Então resolvo olhar pelo olho mágico e vejo alguém muito familiar, é o Hero Fiennes.

— O que quer aqui? — pergunto assim que abro a porta.

— Posso falar com ela? Por favor! Eu... — ele começa a chorar — Eu só preciso...

— Você pode entrar — ajudo ele pois vejo que seu estado não é um dos melhores.