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𝘼𝙉𝙔 𝙂𝘼𝘽𝙍𝙄𝙀𝙇𝙇𝙔 𝙉𝘼𝙍𝙍𝘼𝙉𝘿𝙊:

Ele está sentado lá e eu tenho certeza absoluta que ele está olhando pra mim, como ele sempre faz e demorando ainda mais quando encara minhas pernas, ele sempre faz isso.

E eu não tenho culpa de estar com esses shorts tão curtos. Juro que a última pessoa no mundo que eu esperava aqui hoje, era ele.

Eu olho pra ele outra vez e o pego olhando pra minha bunda da forma como eu sabia que ele estava fazendo, ele segura a ponta da bandana e abaixa um pouco a aba mordendo um sorriso e perceber que ele tá meio envergonhado, só me faz querer correr até ele outra vez.

Eu me viro, respiro fundo para me controlar, porque sei que ele está fazendo o mesmo. Eu então pergunto se ele quer me ajudar. Ele prontamente diz que pode tentar e eu acabo rindo.

Eu digo:

-É só mexer essa calda sem parar, enquanto eu procuro pela forma que vou colocar o bolo.

Ele concorda e pega a colher da minha mão. Essa proximidade não faz eu querer manter controle perto dele e eu realmente não estou me reconhecendo mais.

Nunca fui assim, nunca fiquei me jogando pra cima de cara algum,mas essa história de ter que mantermos distância até eu ter dezoito anos tá me deixando pirada.

Eu coloco o bolo sob sob a forma e peço para que ele desligue o fogo. Eu pego a panela com a calda de chocolate e ele me segue em direção a ilha.

Ele se senta outra vez ficando de frente pra mim. Ele me observa, enquanto eu coloco toda a calda sobre o bolo.

Eu digo sem olhar pra ele:

-Você não parece ter vinte e seis anos. E menos ainda com essa bandana.

Ele apenas sorri. Ele sabe que eu pesquisei e eu não ligo. Eu completo ainda sem olhar pra ele:

-Queria que você tivesse dezessete e não
precisasse ser tão responsável.

Ele ri outra vez.

Eu digo:

-Você sabe que quanto menos você fala, mais espaço tem em minha mente para eu pensar sobre nós.

Eu olho pra ele que entende na hora o que eu estou querendo dizer.

Ele respira fundo e então diz:

-Posso experimentar?

Eu fico olhando pra ele sorrindo, que completa:

-O bolo?

Eu rio ainda mais e ele respira fundo outra vez. Eu gosto de saber que ele também tem que se controlar quando fica perto de mim assim, o problema é que isso só torna o clima entre nós mais excitante ainda.

Eu coloco um pedaço do bolo e entrego a ele. Eu me sento e fico olhando ele comer. Ele diz que tá ótimo. Eu sorrio e agradeço o elogio. Ele então me olha e diz:

-Você não vai experimentar?

Eu apenas digo:

-Não sou muito fã de doces.

-E do que você gosta?

Eu penso um pouco. Depois digo:

-Ah, acho que, lasanha.

Ele então volta a comer o bolo outra vez.

Ele olha pra mim e eu estou olhando pra ele,porque eu simplesmente não consigo fazer diferente.

O Cara ao Lado -Adaptação Beauany Where stories live. Discover now