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𝘼𝙉𝙔 𝙂𝘼𝘽𝙍𝙄𝙀𝙇𝙇𝙔 𝙉𝘼𝙍𝙍𝘼𝙉𝘿𝙊:

Eu queria não sentir tudo isso que está tomando conta de mim agora,mas fica cada vez mais difícil, principalmente quando ele diz alguma coisa e todos riem, inclusive ele.

Então ele olha na minha direção e os olhos dele encontram os meus. Ele parece meio atordoado agora,não o culpo eu devo ter a mesma reação estampada em minha cara também.

Ele fica me olhando por uns segundos e então começa a falar novamente para o restante da plateia.

Quando finalmente passa a surpresa de encontrá-lo aqui eu tento me controlar para não querer dar o fora daqui o mais rápido que eu conseguir,porque é o que eu mais quero fazer agora.

Enquanto ele responde uma questão que um garoto com traços asiáticos acabou de fazer, eu fico observando ele falar e meus pensamentos ficam me levando mesmo que eu não queira para cada vez que já nos encontramos,cada sorriso,cada beijo e eu quero muito chorar agora,mas eu não posso fazer isso, não aqui.

Por que ele tinha que aparecer agora que eu estava me acostumando a não tê-lo por perto?

Eu estava superando tudo tão bem. Tirando aquele incidente pela manhã quando eu estava com Kyle,mas aquilo foi apenas um deslize.

Mas,então por que eu ainda gosto tanto de olhar para ele assim,mesmo que eu saiba que ele já não me pertença mais?

Dói ainda mais pensar nisso.

Então abaixo minha cabeça e fico assim por um tempo. Eu não quero ficar aqui,não quero,mas eu preciso, então permaneço.

Então não ouço mais sua voz e ergo meus olhos para no mesmo instante encontrar ele olhando para mim daquela forma sentida que ele costumava fazer.

Mas que agora não me deixa mais com pena dele, mas sim com raiva,uma raiva misturada com toda essa mágoa que quase me sufoca quase todos os dias.

Um outro cara agora usando um jaleco branco assume a palavra e começa a ir em direção aquela mesa com vários objetos tecnológicos que eu não faço muita ideia do que se trata. Eu não presto muita atenção, porque ele ainda me olha e eu tento não olhar para ele,mas em vão.

Algumas das meninas próximas a mim também estão fazendo o mesmo enquanto riem baixinho e eu descubro que algumas coisas nunca mudam,ele sempre vai ser o centro das atenções onde estiver.

O problema é que a cada segundo que o olho, descubro que toda a raiva que eu sentia por ele está se dissipando e se transformando novamente em toda aquela vontade de estar cada vez mais perto dele como sempre aconteceu comigo. Algumas coisas realmente não mudam.

Eu pego o panfleto e começo a ler e tento não mais olhar na direção dele,por mais que eu queira.

Finalmente o seminário acaba a primeira parte e eu pego minhas coisas e sigo na direção da mesa para pegar o certificado de presença e a assinatura de quem quer que seja que o professor Thompson pediu, para eu poder dar logo o fora daqui.

Mas Josh aparece em minha frente e segura meu braço dizendo:

-Se é sobre o assunto do professor Thompson,você deve falar comigo.

Eu olho em seus olhos e em seguida meus olhos descem para a sua mão ainda em meu braço, eu odeio sentir todas essas sensações apenas sentindo seu toque assim. Ele então solta sua mão devagar e diz:

-Oi, Any.

Odeio que a simples pronúncia do meu nome saindo da boca dele me estremeça por dentro. Então respiro fundo e apenas respondo:

O Cara ao Lado -Adaptação Beauany Where stories live. Discover now