Eu devo ir e falar com ela

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Aff eu já to aqui, ngm merece UHASUHAHUS
CULPA DE VCS!
Boa leitura e desculpa os erros ♥

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Adrien's pov

Aquele maldito prédio bem na minha frente me fazia ter ódio de uma simples construção. A culpa disso, era muito simples e se resumia a uma única pessoa: a dona daquela empresa, a dona da minha casa e das minhas dividas.

Tentei diversas vezes falar com essa mulher, mas ela era uma pessoa muito ocupada então tive que esperar quase dois meses para ter uma reunião. Eu só queria negociar o meu débito, merda, mas ela parecia querer se divertir com isso. Ok. Não podia culpá-la. Era eu que estava devendo, eu estava fora de qualquer razão e tinha que aceitar suas regras.

Entrei pelas gigantescas postas de vidro que davam acesso à recepção, indo direto pegar o elevador depois que uma recepcionista me deu um crachá de identificação. O olhei no meu peito sobre o uniforme vermelho de entregador de pizza, lendo dos dizeres "visitante". Hunf, dei uma risada de lado. Poderia estar escrito ali também - arrombado endividado. Acho que seria melhor, até pros bunda mole que ficavam me encarando pelo canto dos olhos, como se eu não devesse estar ali. E eu não queria mesmo, que fossem para o inferno. Cara, eu só queria uma grana pra acabar com tudo aquilo!

Cruzei pelos corredores com o rosto fechado o máximo que pude. Todo mundo dizia que eu tinha pinta de marrento, mas eu não tinha uma pinta, eu era assim mesmo. Querendo ou não essa foi a maneira que eu encontrei de me defender de possíveis predadores.... ou predadoras.

Tal como... a senhorita Marinette Dupain Cheng.

Caralho, quando eu entrei na sala dela, senti o meu estomago revirar. O ar condicionado estava na puta que pariu de gelado, e tudo parecia tão frio quanto a mulher que escrevia algo em sua mesa. Da porta, eu a ouvi dizendo bem baixo, quase que inaudível: sente-se.

Sem olhar pra mim.

Eu respirei fundo e fiz o que ela tinha pedido. Com as pernas abertas sobre a cadeira, suspirei retirando o meu boné, a olhando com franqueza.

- Senhorita Cheng, bom dia.

Ela não me respondeu, apenas continuando a escrever em silencio. Estava começando a ficar nervoso, e por causa disso, uma das minhas pernas começaram a balançar.

-... eu não vou tomar muito o seu tempo, só queria conversar com a senhorita a respeito da minha dívida. Como deve saber, o meu pai faleceu há dois meses, por isso o contrato veio para o meu nome, mas o que acontece, ele me ajudava a pagar as prestações da casa. Por conta da doença, não conseguiu mais trabalhar e...a gente ficou num aperto pra pagar o hospital e os remédios... bom, eu vou direto ao ponto, eu só queria... eu quero dizer, eu to dizendo, que vou pagar a divida, mas preciso que me dê tempo.

- Tempo...? - de repente, ela parou de escrever repousando a caneta dourada sobre o papel branco, e me fitou com aquele olhar azul que mais parecia duas pedras de gelo transparentes. - ... esta me pedindo tempo?

- B-bom... pelo o que parece, sim.

- Sim, e de quanto tempo precisa?

- N-não sei te dizer ao certo mas...

- Então por que esta aqui? Só para roubar o MEU tempo? Quando você mesmo nem faz ideia de quando irá me pagar?

- Senhorita eu...

- Que história triste não é mesmo senhor... Agreste não é? Hunf, muito triste de fato mas eu não tenho nada haver com isso.

- Eu sei que não.

- Então, qual será a nossa negociação? Você quer tempo, e eu preciso de dinheiro. Vendi a casa pra vocês nos conformes da regularidade legal, e só estou cobrando o que é meu. Você quer tempo, certo, vou te dar um tempo. Uma semana.

- Uma semana?! - essa mulher só podia estar louca! - Uma semana?

- Ué. - ela ainda sorriu cínica como se estivesse sendo justa. - ... não era tempo que queria?

- Mas isso é muito pouco!

- Não é nem perto do que eu já estou dando nesses meses que não me pagaram. Agora senhor Agreste, se não quer negociar a forma que irá me pagar esse dinheiro, saia da minha sala e trate diretamente com os meus advogados. Eles saberão te instruir. Tenha um ótimo dia.

E ponto. Foi o fim mesmo. Eu tava tão irritado que nem me atrevi a falar outra coisa para aquela mulher. Me levantei saindo logo em seguida e batendo aquele inferno de porta atrás de mim.

Desci pelo elevador indo direto pra minha moto que quase caiu no meio fio de lado quando montei e dei partida para voltar ao trabalho. Merda, eu tava tão puto que se não tivesse tido um pouco de razão na minha cabeça, eu teria atropelado alguém.

Agora, realmente eu tava fudido. Como eu iria pagar essa porra de divida? Como eu iria resolver esses problemas com o meu emprego medíocre e o meu salário de bosta?!

- Aê Adrikins! Porra não me atende nessa merda de telefone!

- O que foi Luka, eu to trabalhando...

- Trabalhando sei, tu ta é de vagabundagem.

- Toma no cu.

- Escuta, ja almoçou?

- Nada...nem to com fome...

- Ih qualé. Bora comer uma pizza, trás duas aí pra mim no meu apartamento.

- Ta... qual sabor?

- Qualquer um vê aí, e trás duas cervejas.

- Ta.

-'té já.

Luka era o meu melhor amigo e tava me ligando já fazia horas, eu que não consegui atender. De qualquer forma, seria bom conversar com ele e desabafar. Quem sabe assim, pelo menos, eu poderia tirar um pouco do peso que tinha nas minhas costas, ou fuder com tudo de vez.

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E aí minhas consagradas? rs continuo?

Ah, alguns caps serão em terceira pessoa.

Dance para ela!Where stories live. Discover now