IV

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"Nem sempre a escuridão de uma noite sombria oculta o terror de seus dias. Ele pode estar ao seu lado nos dias ensolarados e alegres."

Mary Jane fechou os olhos ouvindo as últimas palavras do homem coelho, mas no fundo de sua mente ela ouvia uma voz familiar.

- Mary Jane... Levanta... - Uma voz profunda falava nos ouvidos de Mary.

Quando Mary Jane abriu os olhos assustada, viu Ethan e Emilly na beirada de sua cama.

- O que... O que vocês estão fazendo? - Ela perguntava sem entender nada.

- Você estava tendo um pesadelo, sua cabeçuda. - Emilly falava dando risos.

- Você tá bem Mary? - Ethan perguntou preocupado com Mary.

- Sim... Foi só um sonho bobo... - A menina respondeu enquanto levantava da cama.

Mary Jane estava com o coração acelerado e suada também.

- Levanta logo cabeça mole, vamos tomar café da manhã. Ou você quer que a Senhorita Dimineutron apareça aqui? - Emilly falou, puxando Mary Jane pelo braço.

- Tá bom... Eu já vou! - Mary Jane respondeu.

Ethan e Emilly pegaram os seus bichinhos de pelúcia para leva-los para o refeitório. Enquanto Mary Jane arrumava sua cama, olhou para a mesa de cabeceira e não viu o coelho de pelúcia dela.

- Pessoal... Vocês viram o Senhor Coelho? - Mary Jane perguntou, franzindo a testa.

- Não... - Ethan respondeu, dando de ombros.

- Já sei... A cabeçuda da Mary Jane deve ter deixado ele no corredor ontem e se esquecido. Se for assim, a Senhorita Magna já deve ter jogado fora. Eu que não vou partir a minha raposinha em dois para dividir com ninguém. - Emilly falou, enquanto abraçava a sua raposinha de pelúcia.

- Mas... Eu tenho certeza de que ele estava aqui ontem... - Mary falava enquanto abaixava a cabeça com tristeza.

- Tudo bem MJ! Você deve ter perdido, a gente te ajuda a procurar. - Ethan falava para ela.

- Talvez você esteja enlouquecendo MJ. A falta da Senhora Magna ontem, deve ter mexido com a sua cabeça. - Emilly falava rindo.

Só as três crianças estavam no quarto, todos os outros já haviam ido para o refeitório do orfanato. De repente a porta quarto foi aberta por um chute muito forte.

Todas as crianças olharam para a porta do quarto, completamente assustados e com expressões de medo e pavor.

Era nada mais, nada menos que Magna! A terrível mulher que castigava e maltratava as pobres crianças que viviam no orfanato.

A mulher deu uma gargalhada maligna que preencheu todo o ambiente do quarto. Ela estava com seu traje camuflado do exército, botas e uma régua de madeira na mão.

Ela levantou uma palma da mão para cima e começou a bater nela com a régua, mostrando o gesto para as crianças.

- Eu fiquei fora por um único dia! E essas aberrações mirins se aproveitam para blasfemar contra a minha pessoa nesse quarto, não é mesmo? - Ela falava com um sorriso no rosto e uma voz grossa como um general temido e respeitado por todos.

- Não senhora... - Emilly respondeu.

- Calem a boca, vermes miseráveis e insignificantes. O que saí da minha boca é uma lei mundial, não uma piada de mal gosto para que possam me retrucar. Entenderam bem? - A mulher falava com arrogância.

Five Nights at Freddy's: Beyond the DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora