XXIX

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"A vida é de quem sabe voar."

Magna removeu os cadeados, usando uma velha chave, que sempre levava em seu bolso, abriu a enorme maleta lentamente e soltou um largo sorriso ao verificar o conteúdo. Havia um lança chamas guardado na maleta, perto da porta de saída da sala de objetos descartáveis, haviam alguns barris de madeira, cheios de gasolina.

Magna sabia que só havia um jeito de acabar com toda aquela bagunça no orfanato, destruindo todas as ameaças presentes no ambiente. Os maiores problemas dela, eram as criaturas que vinheram da Piscina de bolinhas e as pequenas crianças indefesas.

A terrível mulher não havia mudado ou sentido pena das crianças, ela apenas se aproveitou da bondade deles para poder executar o seu plano de emergência.

- HORA DE ACABAR COM VOCÊS! - Magna Dimineutron falou, olhando para as crianças com um olhar maligno.

A mulher levantou um dos barris de gasolina e arremessou na parede, fazendo todo o seu conteúdo molhar a piscina de bolinhas e o chão.

- Senhora Magna!? O que está fazendo? Vai matar todos nós! - Mary Jane falou, sentindo-se assustada.

- É isso o que vocês merecem! - Magna falou, arremessando mais dois barris no chão.

Com um sorriso maligno e um olhar cruel e impiedoso, Magna acendeu o lança chamas e soltou o fogo no líquido inflamável. Queimando o combustível e incendiando metade da sala de objetos descartáveis.

A sala começou a queimar, as crianças entraram em desespero, enquanto a mulher sorria e pegava a chave na qual ela iria trancar a porta e deixar eles morrerem do lado de dentro.

- As autoridades vão saber do que você fez! - Karl falou.

- Isso não interessa! Essa é a minha história, não a de vocês! E uma coisa que vocês tem que saber é que os protagonistas sempre se dão bem! - Magna falou, jogando o lança chamas no chão.

- E uma coisa que a senhora tem que saber é que nunca se deve jogar uma arma no chão em histórias de terror! - Mary Jane falou, saindo da frente da piscina de bolinhas.

A terrível criatura coelho saltou da piscina em direção a Magna, caindo sobre ela. Mas o monstro que antes era um homem coelho, agora era um mutante esquelético, de pele roxa, unhas pontudas, corpo derretido, sem nariz, sem orelhas, careca e com os olhos totalmente brancos.

As crianças aproveitaram o intervalo de tempo para saírem da sala e fugirem dali, enquanto o fogo destruía tudo. O alarme de incêndio começou a tocar, alertando os outros funcionários do orfanato, fazendo com que eles fugissem.

Enquanto as crianças desciam as escadas e os funcionários escapavam das chamas que estavam se espalhando, Magna pegava o monstro pelo pescoço e começou dar socos na face da criatura deformada, quebrando os seus dentes.

A mulher arremessou o monstro na parede, fazendo ele atravessar o concreto e os tijolos, indo parar no corredor. Assim que a piscina começou a queimar, o monstro começou a perder as suas forças, mas Magna se mantinha forte e com muito ódio.

Finalmente Magna saltou em cima da criatura, atravessando o piso do segundo andar, caindo no andar de baixo. Mas Magna acabou ficando desacordada, dando tempo para a criatura se levantar e ir atrás das crianças.

A porta da frente do orfanato estava aberta, com todos os funcionários correndo para fora, desesperados e preocupados em salvar as suas vidas. Nesse momento, nem mesmo os servos mais fiéis a doutrina de Magna, voltaram para procurar por ela.

Todos as outras crianças do orfanato também estavam fugindo desesperadas, sem saber para onde iriam. Mary Jane se aproximou da porta e todos os seus amigos saíram. A menina pode ouvir uma voz chamando por ela, um som rouco e distorcido.

A criatura estava atrás dela, ao olhar para o monstro, ela viu uma parte do teto desabar sobre a criatura, prendendo a sua perna.

- Mary Jane! Não se vá! Eu estava quebrado! Eu não... Consegui te fazer sorrir. Mas estou melhor agora! Eu sei como te fazer feliz agora! Talvez você não queira ser feliz... Talvez você esteja quebrada também! Tire me daqui! - A criatura falava com uma voz rouca e obscura, era como se fizesse um enorme esforço para falar.

- Então é melhor continuar quebrado! - Mary Jane falou, observando o fogo consumir o monstro.

A menina virou as costas e saiu do orfanato, batendo a porta, deixando o lugar queimar para sempre, dando um fim ao sofrimento terrível de todas as almas que sofreram naquele lugar e no lugar de onde os monstros vieram.

- Que essa piscina de bolinhas seja destruída junto com as outras aberrações! - Emilly falou, olhando para o orfanato pegando fogo.

- Pessoal! Não temos mais um lugar para ficar! Onde vamos morar? - Ethan falou, sentindo-se triste.

Logo após o fogo destruir o orfanato, bombeiros, policiais e ambulâncias chegaram no local, tirando todos daquele lugar.

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Five Nights at Freddy's: Beyond the DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora