36 - Orgulho

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Harry simplesmente odiava como papai estava ocupado, ele odiava que as férias que deveriam ser dos dois pareciam solitárias. Mesmo que fosse ver Draco, Cath, Neville ou qualquer amigo, ele ainda queria um tempo com seu pai. Ele ainda lembrava das férias que passaram juntos, viajando, aprendendo e estando somente os dois.

Por isso ele simplesmente não conseguia aceitar que Sevrus saísse e o deixasse ali. Ele se recusava a soltar o pai e mesmo que já tivesse recebido um aviso não o deixaria ir.

— Harry! Esta agindo como um pirralho mimado! — a voz de seu pai carregava todo o aviso de que se ele continuasse com sua manha teriam graves consequência, mas em nada bastou para aplacar o olhar determinado naquelas esmeraldas brilhantes.

— Não quero ficar! Me leva junto! — ele bateu o pé como o pequeno príncipe exigente que estava se tornando.

Sirius na sala riu alto e recebeu um tapa na nuca de Remus. Largo Grimmauld nº12 estava bem mais arrumado e aconchegante aquele ano, os três adultos tentavam manter a paz e a educação quando no mesmo ambiente, mesmo que o clima tenso jamais os abandone. Com tudo isso... por que Harry não podia ser um garoto obediente e ficar ali com os padrinhos?

— Harry! Já conversamos... — o tom de Severus estava bravo e isso fez o garoto recuar e os olhos se inundarem de lágrimas doloridas.

— Não... não conversamos! Papai sai cedo e volta tarde, quase nunca esta comigo quase nunca! Se não gosta mais de mim devia dizer! Não... não tem... não pode fazer isso! Se vai... vai me abandonar faz de uma vez! — O garoto gritou soltando a capa azul escura de Snape e as lágrimas magoadas já escorregavam por sua bochecha — Eu quero você comigo... por favor... por favor não me abandona papai... eu te amo... te amo... prometo ser um bom garoto, prometo obedecer... mas por favor não me deixa...

Aquilo pesou no coração do pocionista que se ajoelhou diante do jovem e enxugou as lágrimas de seu filho com todo o carinho presente em si. Olhando nos olhos dele com amor ele começou a explicar.

— Harry, eu também te amo... entende? Jamais vou te abandonar. Você é meu filho, meu pequeno príncipe e eu jamais poderia te abandonar. Você faz parte de mim e eu não posso mais viver sem você comigo... mas ouça esta bem? Papai precisa ir, precisa resolver várias coisas...

— Me... me leva com você... por favor. — O castanho implorou, fazia semanas que não via seu pai direito e isso estava o magoando profundamente.

— Esta bem, te levarei comigo... se prometer se comportar. — ele disse suspirando e vendo o sorriso doce de Harry enquanto ele corria para buscar a mochila com suas coisas. — Não sabia que ele estava tão magoado... terei que compensá-lo de alguma forma.

— Harry te ama Snape e ele sente sua falta, mais do que você imagina, quando esta aqui fala bastante de você. — A voz de Remus soou e então Severus se virou para os dois marotos na sala tentando parecer impessoal. — Devia ver... quando fala de você os olhos brilham.

Ele acenou em entendimento vendo o pequeno Potter vir correndo das escadas e sorrir alegre para o pai. Sirius se manteve calado, sua mente trabalhando em várias coisas, coisas que ele não queria se preocupar e gostaria de poder ignorar, mas não conseguia. Mesmo depois que Snape e Harry se foram ele se manteve quieto e pensativo.

Chegando a mansão Riddle, Snape não soltou a mão de Harry, sabia que o garoto já conhecia o ambiente e estaria tentado a explorar, mas haviam pessoas que ainda não o conheciam ali e poderiam acabar o ferindo, por isso o manteve ao seu lado enquanto andavam até o laboratório.

— Harry, eu vou fazer algumas poções, quer me ajudar? Ou prefere brincar de algo? — perguntou soltando a mão do garoto e começando a amarrar seus cabelos negros em um rabo de cavalo alto.

Seja um bom garoto HarryWhere stories live. Discover now