Harry não sabia o que fazer, a dúvida o corroía, fazer ou não? Os professores já estavam cientes que Gina Weasley foi levada e tentavam achar uma solução para resgatar a menina. Lockhart foi chamado, afinal ele dizia a todos que sabia a localização da Câmara secreta não é? Ele era o herói que salvou milhares de pessoas, podia facilmente derrotar um monstro.
Ronald implorou que o professor de DCAT resgatasse sua irmã e o loiro disse que ajudaria. Harry não gostava tanto assim do professor e temia que ele machucasse seu amigo, claro que duvidava das habilidades de Lockhart... mas ele era um bruxo poderoso certo?
O qual foi a surpresa de Harry ao achar o professor fazendo as malas se preparando para sumir de Hogawarts, Draco ao seu lado revirou os olhos para a total falta de noção do professor.
– Alguma vez em sua vida Lokhart disse a verdade? – Draco perguntou abrindo a porta, o professor de vestes cor de rosa brilhantes se sobressaltou e deixou um gritinho surpreso.
– Eu...errr...
– E sobre tudo que nos conta em sua aulas? Fez algo daquilo ou só leva o crédito pelo que outros bruxos decentes fizeram? – Harry perguntou dessa vez, a voz baixinha que carregava uma raiva perigosa, o loiro mentira...
– É bom em alguma coisa além de mentir? – Draco perguntou com a voz mais mansa, mas os olhos estreitos ameaçavam.
– Sim... sou muito bom com feitiços da memória... bruxos já teriam espalhado por aí que não fiz nada daquilo... infelizmente devo fazer o mesmo com vocês... – ele se virou com a varinha em mãos e Harry suspirou puxando a sua, Draco o acompanhou e o professor engoliu em seco.
– Sempre quis saber onde era a câmara não é? Vou te mostrar... – Harry tinha um tom perigoso e estranhamente diferente de seu tom tímido...parecia perigoso contestá-lo e foi assim que Gilderoy o seguiu: temendo aquele que derrotou o lorde das trevas.
Quase arrastado ao banheiro do terceiro andar, lado direito do castelo, o professor temia...
– Se acalme... não vamos fazer nada, vamos te ajudar a ser o herói que tanto deseja ser. – Draco disse enquanto o moreno se afastou, a pia se abriu com um sibilar estranho deixando os lábios do menino-que-sobreviveu, as escadas apareceram ao seu comando e o professor tentou fugir, sendo barrado por Draco e forçado a entrar no lugar escuro.
Muitas dúvidas corroíam Harry naquele momento, queria Niel bem e ao seu lado, mas não sabia se estava pronto para sacrificar uma vida inocente, suas mãos tremiam enquanto segurava a varinha, seu lábio inferior mordido insistentemente. Draco suspirou, havia sido arrastado para isso e não recuaria, mas não fazia ideia do que Harry planejava. A segunda porta foi aberta e a câmara se revelou.
Gina desmaiada no chão, o basilisco longe da vista e um diário solto no chão de pedra.
O diário se abriu quando os três adentraram e a porta foi fechada, Lockhart tremeu soltando um gemidinho assustado. Das páginas amarelas a figura mais jovem de Tom Riddle se formou, cachos bem arrumados, pele clara e olhos azuis frios. Ele abriu os braços e chamou Harry para um abraço, mesmo de longe viu no olhar do menino a angústia que ele sentia... o medo.
– Preocupado pequeno?
– Eu... Tom... eu... não sei se consigo...
– Harry... jamais pediria que sujasse suas adoráveis mãos com sangue. Se... e apenas SE algum dia desejar tirar uma vida, eu estarei lá para ajudar, mas não é algo que eu pediria a você. – um carinho foi feito nos fios castanhos e Harry se deixou ser abraçado... Draco revirou os olhos para aquilo, mas não comentou nada. – E não se preocupe, talvez ninguém morra hoje.
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Seja um bom garoto Harry
FanfictionHarry não teve uma infância fácil, não teve uma família que lhe deu amor, mas ele vai aprender que família nem sempre é de sangue e que as vezes você pode sim desejar que os seus carrascos sofram, basta fazer direito.