43- Inicio dos segredos do passado

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A notícia chegou pela manhã, durante o café da manhã. O grande salão explodiu em suspiros espantados quando Draco levantou e saiu em passos apressados. Harry olhou para o lugar onde ele estava a poucos segundos, o café-da-manhã sem nem ser tocado e o Profeta diário amassado na mesa.

O castanho pegou já vendo a manchete em destaque na primeira página e entendendo exatamente a reação do loiro. Lucius Malfoy havia sido preso. Lendo as palavras venenosas de uma Rita Skeeter muito animada ele deduziu que seu tio havia sido preso por portar "objetos das trevas" na última vistoria do ministério. Ele estava conseguindo contornar isso, mas dessa vez foi inevitável.

— Droga, preciso ir... hum vocês... vocês avisam meu pai que vou estar com o Draco? — Ele pediu aos amigos já levantando e saindo apressado do grande salão.

Ele teve que ir ao quarto para poder achar o mapa do maroto, seus padrinhos haviam devolvido, mas ele raramente usava. Ativando, Harry procurou por Draco nas plantas do castelo e bufou quando não o achou. Pensando onde ele poderia estar decidiu arriscar uma coisa.

Correndo até o sétimo andar ele desejou achar seu irmão e respirou aliviado quando as portas se abriram. O ambiente que a sala precisa construiu era muito parecido com o quarto de Draco na mansão, os detalhes de verde destacadas em meio a móveis de cores claras. O loiro estava encolhido na cama, seu rosto manchado em lágrimas e suas mãos tremendo de desespero, entre seus dedos uma carta amassada que ele recebeu pela manhã.

Harry se aproximou lentamente e sentou na beirada da cama, esperou ser expulso e quando não aconteceu ele se inclinou e abraçou o mais alto, deixando que ele chorasse, que sentisse. Depois... quando estivesse mais calmo conversariam.

Demorou vários minutos para que Draco se acalmasse, demorou mais ainda para que ele começasse a falar, mas Harry foi paciente, esperou, acariciou o cabelo dele e murmurou palavras de conforto.

— Mamãe enviou uma carta... ela... ela não queria que eu lesse o profeta. — O loiro falou, sua voz rouca de choro e cansada pelo estresse. — Meu pai... meu pai foi preso... ele... ele está em Azkaban... ele...

— Shii... calma, vamos resolver isso. — A voz de Harry veio baixinha, cheia de esperança e uma certeza que ele não sabia de onde vinha.

Mais tarde naquela noite, enquanto Draco dormia na sala precisa, Harry se esgueirou para fora da cama e andou até o corujal. Hermes, a coruja de seu pai já estava ali, suas penas negras brilhantes e seus olhos amarelos cheios de curiosidade. O jovem Potter amarrou uma carta em sua pata e fez um carinho antes de levá-la a janela.

— Leve para o Tom, preciso que ele ajude com isso... por favor espere até de manhã por uma resposta. — Ele pediu vendo a coruja piscar lentamente entendo suas instruções. Ela abriu suas asas e saiu pela noite.

Já passava do toque de recolher então Harry teve que se esgueirar pelos corredores, tendo cuidado com seus passos e voltando para a cama para fazer companhia ao seu irmão, ele precisava de conforto.

*****

— Vamos embora. — Ron gemeu irritado ao ver sua irmãzinha trocando um beijo com Dean Thomas, os outros da mesa apenas olharam para ele antes de sentarem.

— Por quê? Deixe-a, ela pode muito bem namorar. — Hermione brigou e ocupou seu lugar na mesa.

— É minha irmã mais nova, não quero ver ela beijando. — O ruivo voltou a falar e jovem castanha apenas revirou os olhos, um comentário passando por sua cabeça.

— E daí? Se ela olhasse para cá e visse você me beijando, ia querer que ela fosse embora? — Todas da mesa olharam a castanha com certo grau de curiosidade, Pansy tentando não zombar desse comentário, era tão obvio.

Seja um bom garoto HarryOnde histórias criam vida. Descubra agora