Ministério - Part II.

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OLHA QUEM APARECEU COM MENOS DE 1 MÊS!! 

Apareci - no domingo como prometido, antes da 9h da noite e com um capítulo enorme e com MUITA AÇÃO pra vocês! 

Obrigada por todos os votos, comentários, e por todos os pedidos "continua" que eu recebo. Amo isso, sério, me faz sentir especial. 

Sem mais enrolação - boa leitura. Não esqueçam de votar e comentar MUITO. 

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Acordar.

Hermione Granger só queria acordar do que ela implorava que fosse um pesadelo.

Ela e seus amigos corriam perigo mortal durante as 24 horas do dia.

Seus pais estavam em outro país sem nem sequer se lembrar de sua existência.

O garoto que amava podia estar morto.

E ela teria que lutar numa guerra muito em breve, e não tinha a mínima noção se estava preparada para aquilo.

Não podia ser real, não podia ser que ela estivesse vivenciando tudo aquilo aos dezessete anos de idade. Não podia mesmo, tinha que ser um pesadelo.

"Por favor, que seja um pesadelo", ela pedia, rogando aos seres místicos que a deixassem acordar daquela agonia, aquela angústia que corroía o coração dela todos os dias, martelando, doendo.

Só que ela não acordava havia sete anos. Ela não se via em meio às suas cobertas encharcadas de suor e com o coração explodindo no peito pelas imagens inventadas em sua cabeça, tendo a certeza de que tudo era só um pesadelo infeliz e irreal. Que ela iria descer para tomar café da manhã no salão principal e depois iria para as aulas com seus amigos perfeitamente seguros e livres do agouro da morte. Que o garoto que ela secretamente tinha um caso estaria lá alguns corredores antes da sala de aula irritando-a na frente dos outros para manter a farsa de que eles ainda se odiavam, e que no final do trimestre, seus pais estariam esperando-a na estação King's Cross para passar as férias como eles faziam todos os anos, e que tudo ainda era a mesma coisa, que Voldemort não era nada mais que uma assombração para amedrontar crianças, um fantasma do passado morto e enterrado.

Mas então, quando ela abria seus olhos âmbar, ela via seus meninos favoritos dormindo em sacos de dormir no meio da sala no Largo Grimmauld n° 12, e quando o dia amanhecia por completo eles começavam a visitar o Ministério da Magia escondidos pela capa da invisibilidade de Harry, tentando identificar como iriam adentrar aquele prédio esculpido por magia pura sem serem descobertos, e resgatar o medalhão amaldiçoado de Voldemort para enfim destruí-lo como Regulus Black não conseguiu.

Lembrar-se de Régulos trazia um sentimento muito denso para a castanha e somente enfatizava o quão ruim é escutar apenas um lado da versão da história de alguém. Assim como Sirius, o pobre Régulos havia morrido com a desonra de ser um assassino, um aliado de Voldemort, quando na verdade ele só queria destruir o mal - assim como seu irmão que também morrera tentando, e todas as vezes que ela se recordava que Dolores Umbridge era quem estava com o artefato que foi a causa da morte do irmão de Sirius, as entranhas dela se reviravam, e a bile subia a garganta quase que incontrolavelmente.

Hermione afastou as cobertas que lhe cobriam e esticou a perna para fora da cama que estivera ocupando, quase no automático, sentando-se em sua borda e olhando para o quarto com pesar. A casa dos Black era grande e talvez em algum ponto fora luxuosa, mas tudo o que aquelas paredes causavam nela agora era desconforto, medo e maus presságios, e olha que a pequena bruxa não era dada a superstições ou qualquer outra coisa que não possuísse uma explicação meramente lógica. Entretanto, não podia negar o que estava sentindo.

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora