Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]

Fique Vivo.

Oieeeee! Apareci! Pensei que não ia conseguir vir hoje, mas por benção de Merlin cá estou para finalizar a noite de vocês. 😏

Recebi várias ameaças no insta depois de postar o spoiler e o engraçado é que vocês nem sabiam o que era KKKKKKKK 

Espero que gostem desse capítulo, de verdade. E COMENTEM POR FAVOR . 

Boa leitura! 

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Deitada de peito para cima na última cama do beliche desconfortável, Hermione Granger encarava com muita seriedade o teto da barraca que há meses dividia com seu melhor amigo. Podia escutar, através do uivo dos ventos, e dos barulhos dos animais que viviam nos arredores, a neve descendo do céu quase como pó, e cobrindo tudo como uma fina camada de poeira branca e intocada.

Nos últimos meses, ela estava traindo a si mesma visitando todos os lugares onde já havia estado com seus pais. Ferindo-se de forma irracional apenas para sentir ainda mais dor, mais daquele maldito vazio que se instalara em seu peito com a falta deles, e era um sentimento que não ia embora, uma vez que eles sequer se lembravam de sua existência, e, talvez jamais voltassem a se recordar. Seu coração doeu ao pensar nessa possibilidade, ainda que ela pudesse ser extremamente possível e real. Pois, apesar de tudo, a castanha queria pensar que quando Voldemort fosse liquidado, ela teria sua vida de volta, seus pais de volta, suas possibilidades. TODAS ELAS. Seu futuro, suas escolhas quanto ao amor e seus erros como uma adolescente.

Soltou o ar ansiosa, cobrindo-se até o pescoço com lençol fino numa tentativa de falha amenizar o frio cortante que sentia - mesmo que soubesse que os calafrios em seu corpo não eram por conta da temperatura negativa que fazia -, buscando fazer o que Harry tinha indicado e descansar enquanto ele fazia a vigia. O moreno dos olhos verdes estava chateado com ela por conta da perda de sua varinha, não que ele fosse realmente admitir, mas ela sabia que ele estava, os olhos verdes dele diziam isso a ela. O entendia, afinal. O moreno vinha perdendo coisas e pessoas desde o fim do último ano, e ninguém conseguia aguentar tanta carga emocional e ficar completamente passivo. Nem mesmo Harry Potter.

Virou-se de lado, olhando para a porta da barraca onde certamente Harry deveria estar fazendo sua vigília, e então, enquanto perdida em seus devaneios tão distantes, observou um fio de luz passar de um lado para o outro na frente da abertura da barraca. Uma luz fina e brilhante, quase como se fosse um... Patrono.

Em um arranque, Hermione desceu da cama apertando o suéter sobre o pequeno corpo com força, apanhando um dos bancos de madeira que ficavam perto da cama impiedosa, precisava estar protegida caso fosse um intruso, caso Harry estivesse sendo atacado.

As batidas de seu coração reverberam furiosamente em seus ouvidos como tic-tac de relógio, e suas mãos pequenas tremulavam tanto que ela não sabia como conseguia manter seus dedos enrolados tão fortemente contra a madeira suja do banco e continuar erguendo-o enquanto se encaminhava para fora.

Hermione podia sentir o sangue escorrendo líquido por todo o seu corpo, pulsando fortemente sob sua pele, enviando adrenalina, ansiedade, medo, tudo junto e ao mesmo tempo para cada mísera parte de seu ser. Tumultuando-a.

Engoliu em seco e estufou o peito, não podia deixar seu amigo sozinho sem socorro, não podia se esconder.

Abriu a porta da barraca vendo que o lugar onde Harry deveria estar se encontrava completamente vazio, sem sinal de onde ele poderia estar, e o sangue pareceu congelar nas suas veias na mesma hora que sentiu uma rajada gélida de vento lhe bagunçar os cabelos presos de qualquer forma. Era difícil distinguir o que eram os barulhos normais da mata, do que poderiam ser os passos de alguém farfalhando pelas folhas congeladas, e isso a apavorava de uma forma imensurável. Tudo era uma ameaça, alguém poderia estar apenas esperando o momento certo para finalmente levá-los.