Receios.

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Oieeee. Demorei só um pouco né?
Hehehee

Enfim, minha rotina tá uma bagunça de novo, mas não se preocupem, eu me acostumo e tudo volta ao normal.mkkkkk

Esse capítulo é o que eu chamo de preciso. Ele é necessário, mas não esta chato não, eu gosto dele... Espero que vocês também.

Boa leitura.

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O ar gélido que adentrava a janela entreaberta do vagão golpeava seu rosto sem clemência. O campo que se via através das vidraças do Expresso de Hogwarts e que era completamente verde em Setembro estava coberto de neve. Os galhos secos das árvores sobreviventes ao frio massante, que balançavam em sua resistência, davam maior vazão ao inverno e ao quão rigoroso ele seria. E estava sendo, desde que os pequenos flocos de neve despencaram algumas poucas semanas antes, desde todas as tempestades e as ventanias. Aquele ano tudo se mostrava pendendo para as trevas.

Draco observou com certa melancolia os pastos vastos e abertos ficarem para trás, enquanto as engrenagens encantadas da locomotiva vermelha faziam-nos avançar com velocidade para Londres, onde quase todos dentro daquele vagão - e daquele trem -, almejavam estar. Quase todos, exceto algumas poucas pessoas que eram tão desafortunadas quanto ele. Alguns deles, seus amigos. Como Pansy e Blásio.

Voltar para a mansão em Wiltshire passava longe de seus pedidos natalinos. Imaginar todos aqueles homens nojentos e asquerosos tornando sua casa um antro de porcalhadas e torturas não foi algo que ele cogitou estar vivo para presenciar. E se dependesse apenas de suas vontades, ele nunca mais colocaria os pés na Mansão. Nunca! Esqueceria as atrocidades que os calabouços guardavam e o quanto de sangue havia por todo o lugar, e que exalavam dentro fora do que um dia ele chamou de lar. Deixaria tudo, absolutamente tudo para trás, se isso fosse vagamente possível.

Porém, havia uma única coisa que o fazia ter coragem de voltar para aquele lugar, que o dava forças e o incentivava a engolir o nó que existia na garganta e tomar o caminho de volta para a Mansão: rever sua mãe. Olhar para ela e constatar por si mesmo que ela estava bem - ou não. Se tudo o que seu Lord enviava a ele em seus pesadelos era real ou apenas uma forma de mantê-lo com as rédeas  bem presas.

Tudo o que tivera dela desde que seus pés tocaram o chão mágico de Hogwarts havia sido os pesadelos. Os gritos, as visões de suas mortes e as torturas. Além, apenas o bilhete dela com suas instruções sobre prosseguir, e nada para lhe dar certeza de que ela estava fisicamente estável, por tal, voltar era necessário, mesmo que seu psicológico ruísse a cada quilômetro mais perto de Londres, ainda que seu pêlos se eriçassem apenas a iminente ideia de que teria de ficar cara a cara com aquela criatura sombria que havia apossado-se de sua casa. Por sua mãe, ele voltaria.

Enquanto se perdia em seus pensamentos, Pansy que estava sentada ao seu lado, encostou a cabeça em seu ombro e suspirou. Provavelmente a cabeça dela tão atordoada quanto a sua, e, mesmo enfrentando sua própria batalha interna, ele passou as mãos no cabelo liso dela, acarinhando.

Eles não haviam tido mais seus encontros secretos em alas proibidas depois que todos se recolhiam após o jantar. Algumas vezes Pansy lhe enviava alguns olhares, lhe dizia algo sugestivo, e que seria o suficiente para ele em outros tempos, no entanto, quando isso acontecia o loiro simplesmente fingia não ter catados os sinais, e ela sabiamente não o vinha questionar sobre. As coisas entre eles sempre foram muito bem definidas, e prometeram que nada iria abalar a amizade que tinham, e eles levavam isso muito a sério. Draco era extremamente grato por isso. E ele sabia que não era uma pessoa exatamente fácil de se lidar, mas apreciava em demasia o empenho daqueles que ele podia chamar de amigos, por lhe aturarem em seus piores dias. 

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now