Lealdade.

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Oieeee. Fazia um mês que eu não postava, Deus, me perdoem mesmo por isso. Passei por MUITA coisa nos últimos 30 dias, mas resolvi voltar a escrever e atualizar essa belezinha para vocês. 

Para a alegria de geral, esse capítulo é todo deles. Achei que mereciam um momento antes de tudo acontecer, de fato. 

Espero que gostem. 

Boa leitura!

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Os dedos finos de Hermione enviavam arrepios por todo o corpo do garoto quando subiam e desciam pela sua nuca em um carinho despretensioso e que ele sequer se lembrava de um dia ter recebido dela. Seus cabelos castanhos grossos e volumosos estavam por todas as partes de sua visão, uma vez que ele tinha imediatamente enterrado-se na curva de seu pescoço, sorvendo-se de seu cheiro único e calmante, apenas para se certificar de que aquilo realmente estava acontecendo. De que a garota estava em seus braços, de que seu corpo frágil e pequeno estava contra o seu, e que o sangue ainda corria quente por ambos os corpos, que ainda estavam vivos, inteiros, e acima de tudo, sãos. E que podiam, mais uma vez, ter um ao outro antes que a tragédia caísse de fato sobre suas cabeças e que morte levasse um deles ao final daquela maldita batalha.

Draco nunca fora uma pessoa de gestos ou contatos, nunca fora o tipo de amigo ou parceiro carinhoso que gostava de demonstrações explícitas de afeto, de abraços ou de muito carinho. Ele era reservado geralmente, deixando as ousadias para os lugares apropriados - ou desertos, limitando-se sempre a agir com discrição como os bons modos e a aristocracia mandavam. No entanto, isso se desfazia completamente quando estava com Granger.

Todos os momentos que tivera com ela envolviam toques, todos eles possuíam algum contato físico entre eles. Um abraço, um beijo, um roçar de mãos, um encostar de testas... Os corpos sempre estavam unidos de alguma forma, porque eles podiam negar em palavras o que sentiam (como fizeram por muito tempo), mas não eram capazes de fugir do que o corpo dizia. Porque sempre estivera claro o quanto pertenciam um ao outro.

Draco correu as mãos pelos cachos dela quando volveu seu rosto do pescoço de Granger para sua posição original e olhou em seus olhos. Quase deixou-se cair de joelhos para agradecer a Salazar ao identificar as orbes âmbar brilhantes tilintando para ele todo o sentimento que a transbordava. Da última vez em que puderam se ver e se tocar, a castanha nada mais era do que um corpo frágil tentando se manter forte depois de uma sessão de tortura, e o Malfoy temera que ela perdesse para sempre aquele fogo que rangia em seus olhos fascinantes. Mas, vê-la irradiando a luz em seu olhar fez ele se desfazer, mesmo que momentaneamente, daquele sentimento obscuro que se instalara em seu coração.

E ela estava linda!

Ela era linda como se fosse o sol atravessando as copas das árvores no terreno da Mansão Malfoy, e projetando sua luz energizante por entre as folhas verdes no verão.

Como o chão cheio de folhas secas no outono e seus infinitos tons de marrom e vermelho que combinavam tão bem e pareciam ter sido descobertos para fazer parte daquela estação.

Como as flores desabrochando na primavera, levando ao mundo toda a sua beleza, graça e doçura, e como os flocos de neve caindo no inverno, deixando o chão completamente branco, e os pingos de gelo grudados nos galhos das árvores sem folhas.

Hermione era linda como auge de cada uma das estações.

Ele tocou carinhosamente as bochechas dela com as costas da mão, observando-a fechar os olhos ante o carinho tão bem-vindo e esperado. Sentia falta de tocá-la, de sentí-la... Sentia falta de tudo o que conhecia dela, até mesmo das partes que julgava detestar. Era engraçado como o amor agia, como mudava coisas que ele imaginava que seriam sempre da mesma forma.

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now