v. respeitável público!

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NOTA: olá! e mais uma vez seja bem-vinde ao circo! literalmente hehehe, hoje é dia de espetáculo no Le Grand Cirque Magique e eu espero que vocês possam aproveitar o show. mais uma vez o capítulo vai ser dividido em duas partes, para não cansar ninguém huashuas. ohhh, antes de começarmos eu também gostaria de agradecer pelos comentários do capítulo anterior e também dar boas vindas aos novos que chegaram até aqui! 

esse capítulo ainda não foi betado, então caso encontrem alguma coisa em inglês na história sintam-se a vontade para me avisar KKKKKKKKKKK a versão betada será atualizada futuramente. enfim, boa leitura!


quantidade de palavras: 4.836 palavras



ATO II

Nova Keunsan, 1937


Quando o dia se tornou noite, o esplendor azulado do céu foi substituído pelo mais belo e mágico tom de preto. As tendas circenses ofuscaram todas as casinhas da cidade e atraíam o público, assim como insetos eram atraídos pela luz.

Carros paravam no pequeno estacionamento construído do lado de fora do circo, trazendo pessoas das mais diversas idades vestidas em suas roupas mais bonitas, sorridentes e risonhas, para a primeira noite de espetáculo.

Entre os espectadores que chegavam era possível distinguir, escondido por entre a multidão, um rapaz baixo com roupas não tão limpas e sobrancelhas grossas e franzidas. Ele era quase imperceptível entre a multidão, propositalmente vestido da forma mais simples que conseguia, com calças de tecidos finos, sapatos sujos de terra e um paletó esburacado que escondia o distintivo da polícia e os coldres em que Doh Kyungsoo guardava as armas.

Kyungsoo estava impressionado, ainda que não fosse a primeira vez que o policial pisava em um circo. Ele havia frequentado muitos quando era criança, época em que os circos eram muito mais populares pelo país, no entanto nada do que ele havia visto quando jovem poderia se comparar com a beleza estonteante das tendas listradas do Le Grand Cirque Magique.

Era impressionante. O circo fazia jus ao nome, com instalações gigantescas — e Kyungsoo sabia bem quão enormes eram os postes de madeira que sustentavam as tendas, afinal, ele havia sido um dos trabalhadores que ajudou a erguer a construção — e cores brilhantes que capturavam a atenção de quem passasse.

Todas as tendas, o que incluía as barracas de jogos de carnival e aquelas em que lanches e guloseimas eram vendidas, eram padronizadas em listras de vermelho e branco, enfeitadas com lâmpadas amarelas e letreiros coloridos que anunciavam as apresentações da noite.

Por cada pequena barraca que o policial passava, ele podia ver uma pintura dos performers.

Haviam duas contorcionistas de braços entrelaçados na tenda em que pipocas eram vendidas, um trapezista se equilibrando sobre uma corda na barraca de algodão doce e um palhaço sorridente na barraca em que o jogo de tiro à garrafa acontecia.

Era bonito, delicado até. Crianças não paravam de correr pelo campo, brincando que eram os membros da trupe ilustrados nos letreiros, acompanhadas pelas risadas dos pais que achavam tudo muito divertido.

Tudo era muito sedutor, pintado com uma leve e falsa camada de alegria e cordialidade.

Kyungsoo ficou em alerta.

O policial passeou pelo campo por alguns minutos solitários, conhecendo o acampamento, ocupando-se em verificar cada uma das tendas e as duas únicas saídas do campo. Ele havia combinado se encontrar com Chanyeol naquela noite, durante o show, mas eles não haviam conversado em que lugar se veriam ou em que horas, por isso Kyungsoo estava atento.

Le Grand Cirque MagiqueWhere stories live. Discover now