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Pov.S/n

Acordei no dia seguinte com uma extrema dor de cabeça, é, a noite anterior fez um grande estrago.

Levanto praticamente me rastejando, realmente não queria ter que enfrentar mais um dia nessa cidade, entro no banheiro onde faço toda a minha higiene.

Saio do banheiro enrolada na toalha ainda, entro no mini closet que havia no meu quarto e procuro algo apenas pra ficar em casa, acabando por escolher o de sempre, um blusão e um mini short moletom, ótimo.

Pego meu celular e vejo que já eram 10:00, minha mãe com certeza já deve ter feito minha matrícula, e in(felizmente) na mesma escola que ela.

Desço as escadas indo direto pra cozinha caçar algo pra comer, não que eu tivesse muita opção já que minha mãe não tinha ido fazer as compras. Procuro e acabo desistindo, é , acho que vou ter que sair pra comer.

Saio da cozinha e me deparo com Cindy e minha mãe no sofá enquanto conversavam sobre algo que não prestei a mínima atenção, apenas deitei no colo da minha irmã que automaticamente começou a fazer um leve carinho nos meus cabelos, logo senti meus olhos pesando novamente.

Meu cochilo é interrompido com mamãe avisando que já havia feito a matrícula e que amanhã mesmo eu e minha irmã iríamos pra escola, ótimo, tudo indo contra mim.

Apenas assenti e voltei a focar no carinho que Cindy fazia em mim, mas dessa vez sem conseguir dormir novamente.

Shh, se acalme, está tudo bem, eu estou com você, vou estar sempre te segurando lembra? Se vc cair, nós vamos cair juntas, tudo bem? Controle essa respiração, já deu tudo certo, amor.– Cindy diz e eu só percebo o quão acelerada minha respiração estava a partir daquele momento, também reparei que minha mãe não se encontrava mais.

Eu tô com medo.– Finalmente admiti tanto pra ela, quanto pra mim mesma, sentido minha voz falhar.

Eu sei que está, e é totalmente normal e compreensível, mas advinha só? Você é tão incrível que vai tirar de letra esse primeiro dia.

–Promete?– Pergunto esticando o dedinho mindinho.

–Prometo.– Ela entrelaça o dela com o meu, tendo como resposta um breve sorriso.

Está com fome?– Pergunta e eu logo trato de responder que sim.– Ótimo pois eu também estou, o que acha de sairmos pra tomar um café? Deve ter pelo menos um lugar legal aqui pra isso.

–Otimo, vamos logo.– Não liguei para a roupa, estava sem nenhum animo para procurar algo melhor pra vestir.

Bom, mamãe saiu com o carro para fazer as compras, acho que vamos ter que ir a pé.

–Ouuu a gente vai de skate e bicicleta, mil vezes melhor e mais rápido.–Lanço um olhar pidão e um sorriso travesso pra mesma.

Ok, vamos logo.

Chego na garagem pra pegar meu skate,  essa é uma das melhores lembranças que tenho dela, ela quem me ensinou a andar nisso, mesmo no início eu insistindo que não queria, no final ela estava certa e eu me apaixonei por andar de skate, no mês seguinte no meu aniversário ela me deu esse, meu xodó.

Vamos logo, já deixei um bilhete na mesa pra mamãe.

Saio do meu transe, indo logo atrás da minha irmã.

Não sabia para aonde estávamos indo, acho que muito menos ela, mas preferi não dizer nada e apenas a seguir.

Estava ventando, não muito, mas estava, isso me fazia sentir em casa.

Depois de longos minutos encontramos um café, ou algo do tipo, mas que parecia bem aconchegante.

Entramos, fazendo um barulho pelo sino que se encontrava na porta, atraindo alguns olhares das pessoas que estavam no local, como eu odeio ser nova em uma cidade pequena.

Andei até o balcão tentando ignorar os olhares que insistiam em me seguir, principalmente de um grupo de adolescentes que não prestei tanta atenção, na intenção de fazer eles pararem de olhar.

Fiz o meu pedido e minha irmã fez o dela, logo pegamos nossos pedidos e seguimos para uma mesa próxima ao do grupo que estava nos encarando desde que entramos no local.

Só então prestei atenção nas pessoas que estavam na mesa, um garoto com um cabelo ridículo, outro com o cabelo bem parecido e uma cara nada boa, uma menina com um sorriso encantador e o olhar com uma inocência que era perceptível de longe, um com um sorriso com poucos dentes e extremamente fofo e um garoto abraçado com uma ruiva.

Abraçado com a minha ruiva.

Abraçado com ela.

Oi meus amores, cês tão bem?

Escrevi esse cap mais pra mostrar a cumplicidade da Cindy com a S/n, coisa que vocês só vão se encantar mais ao longo da história.

S/n não tem um dia de sorte tadinha.

Vocês são incríveis, viu? Amo vocês.

Beijinhos, titia Mari.



Porque eu te amo. (Max mayfield/you)Where stories live. Discover now