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Pov.S/n

Passei o resto do dia presa nos meus pensamentos, especialmente no dia em que eu descobri que ela não estava mais lá.

A gente tinha brigado, então eu comprei flores e um chocolate, era uma regra nossa, se você e sua melhor amiga brigassem, ela tinha que se desculpar se você desse um chocolate para ela.

Fui até a casa dela determinada em contar tudo o que eu sentia e pedir perdão, estava nervosa e com medo de perder ela, mas também feliz pois não aguentava passar mais um segundo longe da mesma.

Então eu bati na porta três vezes, era um costume nosso, antes de atender ela teria que bater mais três vezes, e então abria, mas isso não aconteceu naquele dia.

A porta abriu revelando uma senhorinha com um sorriso bonito e extremamente fofa, no momento eu torci pra que fosse apenas algum familiar que tivesse passando um tempo lá, então logo perguntei se a mesma poderia chamar Max, e então a mesma disse que não havia nenhuma Max ali, e que a única que conhecia era a antiga dona da casa, que havia se mudado no dia anterior.

Acho que aquele foi o momento exato em que meu mundo caiu.

Ela não estava mais ali.

Ela sequer deixou um bilhete, nada.

Voltei pra casa me perguntando o que havia feito de tão errado pra ela ao menos se despedir.

Acho que aquele dia pode ser considerado o pior de toda a minha vida.

Até hoje.

Até porque naquele dia eu não havia visto a pessoa que eu amava com outra.

Nunca tinha visto a pessoa que eu amo usando nossos apelidos com outra pessoa.

Eu acho que no fundo me senti traída, a gente não tem nada, nem nos falamos mais, mas ela continua sendo uma traidora e quebradora de promessas.

Foi horrível ver ela olhar pra ele quase do mesmo jeito que olhava para mim.

Foi horrível ver ele pra ela do mesmo jeito que eu olhava.

E adivinha só? Eu não culpo ele, qualquer pessoa que tenha um cérebro que funcione bem olharia para ela daquele jeito, ela é incrível e tão linda.

Ei, posso entrar?– Meus pensamentos foram interrompidos por Cindy.

Ah, claro.

–Dia das irmãs?–Ela me olha com um olhar esperançoso, ela inventou o dia das irmãs quando eu tive minha primeira crise de ansiedade, e desde então é tanto meu modo de escape quanto o dela.

Dia de irmãs.

(Quebra de tempo.)

Já se passaram algumas horas e estamos fazendo pipoca, já havíamos feito muita coisa e agora iríamos assistir um filme, de escolha minha claro, já que ela escolheria um filme nerd.

Você também sente falta deles?– pergunto depois de termos ficado um tempo em silêncio.

Com certeza, aqueles babacas me estressavam, mas eu daria tudo pra passar pelo menos mais um diazinho com eles.

–Acha que vai demorar até vermos eles novamente?

–Eu espero que não.

–É assustador pensar que amanhã eu vou chegar na escola e não vou me surpreender por Simon estar escondido no banheiro das meninas apenas pra fofocar.

–Ou então encontrar Alice fumando atrás da escola com a maior cara limpa.

–Sente saudade especialmente dela, né?

–Sim, você e ela eram meu refúgio de toda merda que foi ter perdido o Tommy.

–Eu continuo aqui, esqueceu? E ela também, de longe, mas está.

–Sim, ela está.–Ela sorri de leve.– Vamos logo, já escolheu o filme?–Diz pegando a bacia de pipoca e indo em direção a sala.

Claro maninha, se prepare pra assistir It novamente.

–Assim não vale, é a vigésima vez só esse mês que a gente assiste esse filme, já até decorei as falas.

–Blá blá blá, senta aí logo e cala a boca.

Acho que assistimos uns três filmes, e infelizmente ela me convenceu de assistir um de escolha dela, tão chato.

Pedimos pizza também, mamãe e papai saíram pra jantar fora e provavelmente não voltariam tão cedo, e bom, não somos as melhores pessoas na cozinha.

Tomamos banho e eu convenci ela a dormir comigo com a chantagem de que havia sido um dia difícil para mim e que amanhã também seria.

Deu certo obviamente, não é como se ela conseguisse me negar algo.

Ela como sempre fez carinho nos meus cabelos, e eu logo adormeci.

Amanhã será um longo dia.

ei, como cês tão?

Esse cap tá uma grande merda, perdão.

Amo vocês.

Se cuidem.

Beijinhos, titia Mari.

Porque eu te amo. (Max mayfield/you)Where stories live. Discover now