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Pov. Autora

Já era noite.

Eleven já havia ido embora, e as irmãs berman estavam sozinhas em sua residência.

Como você descobriu que estava apaixonada pela Max?–Cindy pergunta pra mais nova depois de um tempo em silêncio assistindo algo qualquer que passava na tv.

Acho que descobri quando as borboletas no estômago começaram a aparecer com mais frequência sabe? Meu coração acelerava até com um sorriso de lábios que ela me dava, era como se tudo que eu fizesse fosse por ela e pra impressionar ela, sabe? E também quando eu percebi que eu não suportava a ideia de pensar que alguém um dia poderia encostar nela.

–Eu também posso me apaixonar por uma garota?–Cindy pergunta verdadeiramente confusa, sempre quis ser a garota perfeita, e de acordo com a sociedade isso estava longe de ser considerado perfeição.

Claro que pode.–S/n lança um leve sorriso pra mais velha.–Você pode se apaixonar por quem quiser, contanto que a pessoa te respeite e te faça bem, está tudo ok.

–Eu acho que gosto de verdade da Alice. Tínhamos algo legal e que me fazia bem, e quando nos afastamos por causa da mudança, percebi que minha vida aos poucos foi parando de fazer sentido, sabe? Eu nunca quis admitir que gostava dela em voz alta porque sempre achei que seria julgada por não estar no padrão de mulher tem que gostar de homem, mas ver você com a Max só me faz imaginar em como eu queria estar com ela agora.

–Eu sabia.– A mais nova grita assim que a outra termina de falar.

S/n, não está ajudando.

– Desculpe, mas Cindy? Em nenhum momento tenha medo de falar que ama alguém, é sobre amor que estamos falando, não sobre ódio, claro que vão existir pessoas intolerantes que sempre vão achar que o certo é homem e mulher, mas porra, liga o foda-se, sua felicidade vale bem mais que um rótulo idiota.

–Eu queria ter a chance de contar isso pra ela.

–E vai, só por favor, não amarele! Escutei mamãe e papai falando que iriam visitar uns amigos na Califórnia, vamos juntas, e você se declara.– A mais nova falava cada palavra animada.

Mas e se ela não gostar de mim?– A voz de Cindy falha.

Você é burra ou se faz? Pensei que fosse óbvio o tanto que ela gosta de você, falta lamber o chão em que você pisa Cindy.

–Mesmo?–A pergunta fez S/n revirar os olhos, como se a resposta fosse óbvia.

Mesmo.

–Ok, como eu vou fazer isso?

– Apenas fale o que sente, mas deixe ela livre para decidir se vai ficar, mesmo eu achando a resposta meio óbvia.

E assim foi a noite das Berman, uma das poucas noites desde o desaparecimento de S/n que Cindy conseguiu pregar o olho.

E uma noite sem pesadelos da parte de S/n.

(...)

No dia seguinte.

Como de costume a Berman mais nova e Max estavam juntas em mais uma tarde qualquer pós escola.

Talvez eu vá para Califórnia passar uns dias, papai quer visitar uns amigos.– S/n diz para ruiva enquanto fazia um carinho de leve em seus cabelos.

Mentira? Queria tanto poder ir, sinto saudade da praia.–Max diz com os olhos brilhando só de imaginar estar na Califórnia por uma última vez com a sua garota.

Quem sabe você não pode ir junto?

–Como?– A ruiva diz e se ajeita para conseguir olhar nos olhos da outra garota.

É só eu jogar um charme pro meu pai, não é como se ele conseguisse me negar algo.

–Você não vale nada.– Max diz soltando uma risada, logo sendo acompanhada por S/n.

– Você é tão linda.– S/n diz após uns minutos em silêncio.

Para com isso, sabe que fico envergonhada.–Diz logo se escondendo no pescoço da outra.

É sério, nem sei se te mereço tanto assim.

–Ei, para de se diminuir assim. Lembra aquela música brasileira que me apresentou?

–Amor, eu já te apresentei tanta música brasileira.– S/n diz e da uma leve risada.

Eu poderia acordar sem teu olhar de sono, sem teu lábio que é dono, mas eu não quero, eu não quero...Eu poderia não viver tuas primeiras rugas, não estar aqui pra adivinhar a sua memória em fuga, mas eu não quero.– A mesma termina.–Eu poderia ter qualquer pessoa do mundo se quisesse, mas eu não quero ninguém que não seja você e apenas você ao meu lado.

–Eu te amo tanto Maxine Mayfield.–S/n diz e logo é puxada para um beijo calmo e com certeza o mais apaixonado que já haviam dado.

Eu te amo S/n Berman.– Diz após separarem seus lábios.

Preciso ir.– Diz após desviar o olhar para janela e ver que já estava escuro.–Mamãe me mata se eu chegar em casa tarde.–A fala da mais nova resultou em um bico nos lábios da ruiva.

Como assim você não vai dormir comigo?– a mesma pergunta ainda emburrada.

Quero que descanse essa noite, tá bom? Ficarei com Cindy, você merece uma boa noite de sono também.

– Já disse, ao seu lado tudo é bom.

–Por favor vai, só essa noite, pra eu não me sentir culpada por estar tomando seu tempo.

Max pensou por um tempo, não querendo fazer a garota se sentir culpada por ela estar passando tanto tempo na casa da outra por decisão própria.

Ok, mas apenas essa noite.

–Tudo bem.– Ela se dirige até Max depositando um selinho que Max fez questão de aprofundar em um beijo, logo se dirigindo até a porta.–Ei Max, eu te amo, não esquece.

–Eu te amo princesa.

Max assistiu a mais baixa sair do local com um sorriso no rosto, só não entendia o porquê do aperto que sentiu no coração logo após a mesma se retirar.

Eiii, como vocês estão?

É meu aniversário porra, mãe agora é uma novinha de 15😎

Amo vcs

Beijinhos, titia Mari.


Porque eu te amo. (Max mayfield/you)Where stories live. Discover now