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Vicenzo Riina
1992
Califórnia EUA

Eu estava lá, de longe olhando, seus olhos intensos, que de vez em quando me olhavam.

Ela corria com as outras crianças, seu sorriso era mais lindo pessoalmente, do que pelas fotos ou filmagens.

Era a primeira vez que eu via Aurora pessoalmente, desde a despedida no aeroporto quando ela tinha um mês de vida.

Eu já havia mandado construir a sua sala de ballet como presente de 10 anos. Ela não sabia do meu presente. Só quero ver sua reação.

Tia Antonella me apresentou como seu primo.

Na hora do parabéns, todas as crianças em volta da grande mesa com o bolo, gritavam parabéns.

Na hora de assoprar as velinhas ela fecha os olhos e as assopra.

xxxxx

Todos convidados já haviam ido embora só restava sua mãe, ela e eu.

Tia Antonella fala que eu tinha um presente para lhe dar.

Ela vem em minha direção, para com os braços pra trás e tem suas bochechas levemente coradas.

— Aurora.

A chamo e ela levanta os olhos em minha direção.

— Posso saber qual o seu desejo de aniversário?

Ela sorri e fala que queria um stúdio de ballet em casa, já que a mãe não permite que ela faça aulas extras na sua escola. Ela abaixa a cabeça com o rosto triste.

Eu estendo minha mão pra ela, que imediatamente a segura.

É incrível, que ela é a única pessoa além dos meus pais que não me olham com temor. Pois já faço o serviço sujo da máfia, de torturar todos os traidores.

Vamos andando até os fundos da casa, onde sua mãe falou que estava sendo feita uma nova ala dos empregados.

Ao entrarmos ela olhou tudo sem entender.
Os espelhos e as barras ainda não tinham sido instalados.

Ela me olha com as sobrancelhas juntas e pergunta, porque estamos alí

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Ela me olha com as sobrancelhas juntas e pergunta, porque estamos alí.

— Você gostou?

Ela diz que é lindo, mas me parece que com sua inocência ela não sabe do seu presente.

Eu me sento na poltrona ali, e ela caminha pela sala toda.

— Este será seu Stúdio de Ballet

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— Este será seu Stúdio de Ballet. Já contratei uma professora e ela que fez o pedido dos espelhos, barras e todos os aparelhos que precisará
e serão instalados amanhã para suas aulas. Que serão todos os dias das 17:00 às 19:00, de segunda à sexta. Mas só continuará com as aulas se mantiver suas notas na escola.

Ela vem correndo e se joga no meu colo, se senta de lado e começa a beijar todo meu rosto, só para quando acidentalmente beija meus lábios. Ela fica corada, se levanta rápido e pede desculpas.

Eu sorrio pra ela, fico a admirando. Tenho certeza que foi seu primeiro beijo.

Não sou um monstro ou um pedófilo filho da puta a ponto de sentir desejo por uma criança, mesmo sabendo que ela será minha esposa. Só achei graça de sua euforia e alegria.

Sei em meu peito que sempre farei de tudo pra ver essa felicidade em seu rosto.

Me levanto, vou até ela e dou um beijo demorado em sua testa. Estendo minha mão e ela a agarra entrelaçando nossos dedos.

Saímos de lá e fomos ao encontro de minha tia Antonella e nos olhava com um sorriso no rosto. Já Aurora estava muito corada, talvez pelo beijo que roubou de mim.

Me dispenso das duas, pois terei que voltar pra Itália ainda hoje. Mas deixo um celular com Aurora, que sempre que quisesse falar comigo ou quisesse algo, era só me ligar.

Sei que o que eu estava fazendo era errado, Aurora não sabia do nosso compromisso, ela acreditava que era apenas mimo de um primo mais velho.

xxxxx

Aurora Marini
1992
Califórnia - EUA

Eu estava encantada com a sala que Vicenzo me levou pra conhecer.

Quando ele me falou que era meu Stúdio de Ballet eu não acreditei, pois minha mãe não queria um Stúdio em casa e nem me deixava fazer aulas depois do horário na escola.

Fiquei muito envergonhada, quando na minha empolgação beijei sem quer seus lábios. Foi rápido e ele não me correspondeu. Graças a Deus ele não me repreendeu, acho que percebeu o quanto fiquei sem graça. Ele também não falou nada pra minha mãe. Claro que meu beijo não teve a mínima importância pra ele. Já que ele é um adulto e eu apenas a criança. Foi meu primeiro beijo. Muitos meninos da escola já quiseram me beijar, e eu dizia que só beijaria quando eu realmente amasse alguém, mas acabou eu roubando um beijo do meu primo que tem o dobro da minha idade.

xxxxx

No dia seguinte quando eu acordei a sala já estava pronta, com todos os espelhos, barras, móveis montados e o sistema de som instalado. Eles devem ter chegado bem cedinho. Pois hoje era domingo e já são 10:00.

Pego meu celular dado por Vicenzo e ligo pra ele.
Chama umas 5 vezes, quando eu ia desistir ele atende com uma voz ofegante.

— Vicenzo? Sou eu sua prima Aurora.

Ele fica calado. Acho que eu liguei em uma hora errada, ele deve estar se exercitando. Pois só escuto sua respiração ofegante e alguns suspiros.

— Eu liguei para te agradecer, a sala está com tudo instalado, está linda, eu agorinha vou me trocar pra experimentar todo Stúdio. Desculpa por li...

Ele soltou um suspiro tão alto que me assustei, minha mãe que estava ao meu lado, tomou rápido o telefone das minhas mãos e o desligou. O que será que ele estava fazendo? Parecia que estava sentindo dor.
Mamãe falou que ele deveria ter se machucado, por isso os suspiros. Que ele deveria me ligar mais tarde ou amanhã, já que na Itália já eram 19:00

 Que ele deveria me ligar mais tarde ou amanhã, já que na Itália já eram 19:00

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Tadinha da Aurora, inocência é tudo.

E aí estão gostando?

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