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Aurora Rinna
2000
Sicília - Itália.

Quando meu sogro abriu aquela porta, nossa, meu coração se acalmou. Vicenzo quando passou por ela, meu coração parou, ver que ele também estava bem. Me jogo em seus braços, e me permito chorar, não sou forte o bastante pra fingir que não estou abalada.

Minha sogra vem conversando comigo sobre isso, tenho que manter minha postura, mesmo que por dentro eu esteja desmoronando, com medo ou irada. Tenho que fingir que nada está acontecendo ao meu redor.

Ele me abraça mais forte me confortando. Acaricia minha cabeça com as pontas dos dedos e esse simples gesto me faz relaxar.

Saímos do quarto só 1h depois, pois Vicenzo falou que tínhamos que esperar a limpeza e verificação de toda a propriedade.

xxxxx

O dia correu rápido e Vicenzo não desgrudava de mim um só minuto. Sempre me tocando. De mãos dadas ou ele com a mão em alguma parte do meu corpo. Agora estamos aqui no nosso quarto e ele foi preparar o nosso banho.

Quando entro do banheiro, tem velas aromáticas por toda parte e só a luz delas que iluminam o local. O seu aroma é doce e picante. Ele espalha petalas de rosas pela água e me ajuda entrar. Logo ele entra e se posiciona atrás de mim.

- Não precisa se preocupar mais. Todos os traidores já estão presos na sede. Amanhã daremos um jeito neles.

- Só quero que isso tudo acabe logo, pra gente poder viver em paz.

- É o que eu mais quero.

Ele fica em silêncio e começa a massagear meus ombros, pescoço e costas.

Ele beija minha cabeça.

- Temos que conversar.

- Algo grave?

- É sobre Pandora.

Já fico tensa só de ouvir, ter algo sobre minha filha. O que será que Vicenzo fez?

- Eu tive que fazer um acordo.

- Não acredito que fez um acordo de casamento arranjado pra nossa filha.

- Não é nada disso, vai me deixar falta?

Bufo irritada e aceno concordando.

- Mario tem um filho de 5 anos, ele quer a chance do garoto crescer perto de Pandora e que se ela se interessar nele, eu darei a benção pra que eles casem.

- É a mesma coisa Vicenzo.

- Não, não é. Se ela quiser casar com outro, ela vai poder.

Ele me puxa apertado contra seu peito e eu descanso minha cabeça ali.

- Eu prometi a você, não prometi?

- Sim, prometeu.

- Então não tenha medo, nossa filha terá o direito a escolha.

- O direito que me foi tirado.

- Não fala assim, pois eu me sinto um bastardo quando você fala isso.

- É pra se sentir mesmo. Você me privou da vida. De tudo que eu poderia ter experimentado, um beijo, um carinho, liberdade. Por isso vou lutar com unhas e dentes, pra Pandora não passar por isso.

Ele fica calado, pois não há o que ele diga que vai tirar de mim essa lapidação que eles me fizeram.

Eu saio da água e me enrolo no roupão. Saio do banheiro e vou para o closet, coloco uma calcinha e camisola.

Vou me deitar.

Ele sai do banheiro e vem deitar nú mesmo, como todos os dias, já até acostumei ver ele assim. Antes eu ficava envergonhada, mas agora é normal.
Ele se deita e me puxa para seu peito. Posso ouvir seu coração acelerado e forte batendo.

- Me desculpa, infelizmente eu me apaixonei por você quando te vi.

- Você não intende, e parece que nunca vai entender.

- Você viveu sua vida, teve várias namoradas, viajou o mundo. E eu, eu fiquei trancada em casa, sem nem poder mais ir a escola. Sendo vigiada cada passo meu, eu não pude si quer ter amigos.

- Com Pandora não vai acontecer isso, ela vai poder dormir com quantos homens ela quiser, vai estudar onde ela quiser e você vai permitir, se não eu termino o que não consegui naquela escada.

Eu nem percebi o que acabei de dizer, ele fica tenso e me abraça forte. Eu já estou chorando e tento me desvencilhar dele.

- Você não me deu opção nessa vida. Eu estava tão esgotada de tudo que desisti lá atrás, e se você não fizer o que me prometeu, vai ter que viver sem mim. Pois embora você ache que tem controle da minha vida, você não tem da minha morte.

- Não repita isso nunca mais, eu vou dar a Pandora tudo que me foi oferecido. Não se preocupe.

- Agora, pare com essa história de me deixar, você é minha e eu sou seu. Eu te amo Aurora, desde o primeiro dia que te vi.

Ele beija minha cabeça, meu rosto e por fim minha boca, mas é um beijo diferente de todos os outros. É calmo, sem pressa, delicado até. Ele acaricia meus cabelos meu rosto, meu corpo.

E assim eu adormeci, nos braços do homem que me foi imposto. Que eu amo e odeio ao mesmo tempo.

Não permitirei que minha filha passe por isso que eu passei. Nem que pra isso eu tenha que chantagear Vicenzo com sua culpa, por não estar ao meu lado na gravidez de Pandora e de eu ter tentado me matar. Claro que eu não vou fazer isso, mas ele não precisa saber.

 Claro que eu não vou fazer isso, mas ele não precisa saber

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Vicenzo pensou que já havia amansado a fera, só que não

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Vicenzo pensou que já havia amansado a fera, só que não.

Esperem pra saber a que Aurora Rinna é capaz.

Não deixe de votar, quarta tem mais. 😏

Capo di Tutti CapiWhere stories live. Discover now