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Vicenzo Rinna.
2000
Sicília - Itália.

Chegamos em casa, não fui para casa dos meus pais, quis que Aurora visse como ficou as alterações que ela fez na casa.

- E aí, gostou?

- Só quero ver os quartos.

- O nosso?

- O de Pandora, seu convencido. Você não cansa?

- De estar dentro de você? Nunca.

Subimos as escadas e entramos do terceiro quarto, o quarto de Pandora fica de frente para o nosso.

Lindo e delicado, com certeza tem as mãos de minha mãe. Tons pastéis de rosa, azul e amarelo, uma enorme cama com dossel, no estilo princesa, a cama é grande e um tecido fino rosa claro fica preso em cada ponta da cama.

Com toda certeza minha filha será tratada como a princesa que é, A Princesa da Máfia.

Seu closet com suas roupinhas e seu cheirinho de bebê por todo lado.

Fotos espalhadas pra todos os lados. De quando ela nasceu, na encubadora, quando saiu do hospital, nas suas festas de 1 e 2 anos. Da pra ver em todas as fotos o amor de Aurora por ela.

- Nem se eu levar a minha vida toda, eu vou conseguir me perdoar por tudo que fiz a vocês. Meus anjos.

- Amo vocês, e vou fazer de tudo, todos os dias da minha vida, pra vocês serem felizes.

Ela me abraça e assim ficamos por um tempo. Fomos pro nosso quarto e é tudo de tons neutros entre tabaco e areia. Tudo muito elegante, como a mulher que agora está aqui na minha frente tomando banho.

Nós só tomamos banho mesmo e fomos nos vestir. Pois Aurora não se aguenta de ansiedade pra ver Pandora e pra falar a verdade, eu também.

Vamos direto pra casa dos meus pais, pois é lá que Pandora está, com suas duas avós corujas. Já vi que vai ser uma guerra de quem vai mimar mais minha filha. Sem contar Sr Antoni, que sempre quis ter mais filhos, ele sempre me confidenciou que queria além de mim ter uma menina, que sempre as achava mais carinhosas. Pois nós meninos, desde muito novos, somos preparados para sermos duros.

Quando entramos na sala o que mais nos chama a atenção é a gargalhada de Pandora e um Michelle emburrado.

Ela o abraça de lado e ele sorri.

- Boa noite!

Pandora quando vê Aurora, larga Michelle e corre pra mãe. Aurora se abaixa e a pega no colo. Michelle com ciúmes vem correndo e faz o mesmo comigo.

- E aí garotão, sentiu saudades?

Ele acena com a cabeça, mas seus olhos não saem de Pandora.

- O que foi?

- Pandora tem Papai e eu não.

Todos ficamos com dó, mas infelizmente eu não poderia deixar aquele verme vivo.

- Não, não tem, mas tem um Tio que te ama muito e fará tudo por você.

- É você Titio?

- Sim, sou eu.

- Quem é o Papai dela?

Mais uma vez fiquei quieto, só que dessa vez, os olhinhos apreensivos de Pandora estavam em mim.

- Pandora meu amor, lembra que a gente conversou sobre o Papai?

Ela acena que sim.

- Então, ele está aqui.

Os olhinhos da minha pequena está brilhando.

- Bom, Michelle, quer tomar aquele sorvete agora, antes do jantar?

Minha mãe, percebendo o constrangimento que o pequeno iria passar o leva para cozinha.

- Bom minha pequena, eu sou seu Papai.

Ela arregala os olhinhos que é uma mistura dos meus com os de Aurora.

Ela vem pro meu colo e me abraça, esse cheiro de bebê, que é único dela, é agora o meu preferido no mundo todo.

- O Papai te ama, e vai viver pra te fazer feliz.

- Meu filho, sei que está tudo muito bom, mas temos que agir o mais rápido possível. Marco Santoro está nos esperando no escritório da Família.

Devolvo Pandora pra Aurora e saio com meu Pai em direção ao prédio da Máfia.

- Marco tem uma boa relação com os outros "Concelheiros", se tivermos os votos dele, já é um grande avançado.

- Não vai ser de graça.

- Claro que não, ele queria sua presença. Vai pedir algo quando você se tornar Capo.

- Não sendo um casamento arranjado com Pandora, topo tudo.

- Vamos com calma, pois sabemos que ele vai querer mais influência do que ele já possui.

Entramos e fomos direto para o escritório, depois de uns trinta minutos ele chegou. Nós cumprimentou e se sentou.

- Bom, sei que 3 dos "Concelheiros" estão dando trabalho pra você Antoni.

- E nós 5 restantes não nos posicionamos ainda.

Eu já estou impaciente pelo seu atraso, e ele ainda quer ficar enrolando.

- O que você quer?

- Calma meu amigo, vim dizer que nós 5 estaremos reconhecendo Pandora como sua filha legítima.

- Em troca de?

Meu Pai parece tão impaciente quanro eu, que já o corta.

- Meu amigo Vicenzo, fizemos nossa iniciação juntos, por isso vou te ajudar, mas os outros querem continuar no "Concelho" e passarem a cadeira, só para seus descendentes quanto atingirem a maioridade e casarem, como é com os Capos.

Eu respondo, pois o acordo terá que ser feito comigo e não com meu Pai.

- Feito.

- E eu, quero um acordo para Peirre.

- Fora de cogitação, Pandora não terá um casamento arranjado, ela que vai escolher com quem vai casar.

- Como assim, ela não casará com o filho de um dos Campos?

- Não, ela vai ter o livre arbítrio de escolher dentro da Família, com quem quer casar.

Ele fica pensativo e solta sua proposta.

- Quero a chance de Pierre crescer vendo Pandora, pra tentar criar um laço. Juro que não vai haver pressão, mas se ela se apaixonar por ele, você dará sua benção.

- Ok, mas ninguém pode saber, ninguém.

- Feito.

Ele sai da sala com um sorriso de orelha à orelha.

- Acha que foi um bom acordo?

- Melhor do que ela não ser reconhecida, e além do mas, ela que vai escolher com quem casar.


É, agora segurar o cargo de Capo na família, fica cada vez mais difícil.

Votem e comentem.

Quem está lendo e está gostando não esqueça a estrelinha, pra gente poder subir nos ranking.

Beijos e Alina está bem, foi só um susto. Obrigada por todas mensagens de carinho, amo vocês.

Capo di Tutti CapiWhere stories live. Discover now