Capo di Tutti Capi

10

Aurora Marini
1997
Orlando - EUA

Não saímos do quarto, Enzo me fez gozar de tantas maneiras, que eu nunca pensei que um orgasmo fosse assim.

Hoje ele vai me deixar em casa, tivemos que ir nessa manhã há 3 parques diferentes pra produzir fotos, como se estivéssemos estado lá.

Agora estamos aqui no carro indo para o aeroporto pegar o seu jatinho.

Não entendo muito da vida financeira, sei que Papai era alguém muito rico, pois Mamãe nunca trabalhou e não vê o preço de nada, só passa o cartão e tudo resolvido, mas nunca tivemos um helicóptero que seja e Enzo tem um Jatinho que cabem no mínimo 30 pessoas e tem 2 suítes.

Ele está pensativo, no parque não sorriu uma vez se quer.

Deve ser porque vamos ficar afastados, mas espero que ele venha todo mês, já que trabalha tanto e tão novo, Tio Antoni pode assumir suas tarefas por 2 dias, fora os feriados.

Nosso namoro vai dar certo, tenho certeza que mamãe não vai se opor, pois ela confiou Enzo a viajar comigo sozinha.

- Vou pedir meu Primo Luke que envie um escolta pra você e sua mãe, eu mesmo vou escolher pessoalmente o chefe da segurança de minha confiança.

- Isso é pra me vigiar pra eu não beijar ninguém?

Sorri com os dentes prendendo meu lábio inferior e olhei pra minha mãos no meu colo.

Quando encontrei seu rosto, ele estava tenso, seu dedos no volante estavam brancos, parecia que iria arrancar-lo a qualquer momento.

- Isso não é brincadeira Aurora.

Eu fico triste, quando ele me chama pelo nome, pois sempre é tão enfático ao me chamar de Anjo.

- Tudo que aconteceu nesse fim de semana, só pode ficar entre nós.

- Nunca escondi nada de Mamãe.

- Não?

Ele da um sorriso forçado.

- Contou a ela que me beijou 2 vezes? Tenho certeza que não, ou ela não teria deixado você vir.

Tive vontade de chorar. Ele parece outra pessoa, frio. Será que me enganou, ele não sente ao menos carinho por mim.

Prefiei ficar calada, pois ele estava tão brabo, que não sei o que fiz de errado. Me virei pra janela. Encarando as ruas as lágrimas foram descendo sem permissão devagarinho.

Ele colocou sua mão no meu joelho e o acariciou com o polegar.

- Você ainda é muito nova pra entender, eu sou um homem muito conhecido na Europa. Não posso formalizar um compromisso com alguém menor de idade, isso acabaria com a empresa. Muitas pessoas depende de mim.

- Engraçado, não sou nova pra ter seu pau na minha boca.

Ele suspirou fundo.

- Acredite, eu mais do que ninguém queria te assumir.

Chegamos no Aeroporto. Ele pegou as malas e eu minhas sacolas de compras. Fomos caminhando.

Ele me puxou pra dentro de uma joalheria. Foi direto ver os anéis de noivado.

Pegou duas alianças. Uma colocou em meu dedo e outra no seu.

- Esse anel é pra nos lembramos a quem pertencemos.

- Isso é um anel de compromisso?

- Não, é um anel de noivado, mas como ti disse, ninguém, ninguém pode saber.