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Eu provavelmente não deveria estar vendo aquela foto.

Mai deveria ter mandado por engano, certo?

Mas por que logo para mim? Pelo Instagram ainda por cima?

E logo uma foto meio borrada de Maki, coisa que eu só sabia pelo cabelo verde. O que estava do lado era basicamente um borrão meio amarelo, poderia ser uma pessoa, um cachorro, qualquer coisa.

Mandei um "?" para a menina, mas ela não me respondeu.

Gojo e eu já tínhamos voltado para a casa de Yuuji, e eu fiquei sem pensar sobre aquela foto pot algumas horas.

Afinal, nem fazia sentido, né?

Quer dizer, eu não conhecia Mai, ela me mandou uma foto borrada e não disse nada. Isso soava meio enganoso.

Ela me respondeu umas horas depois, quando eu estava deitada pelo sofá, Yuuji e Megumi jogavam Uno com Mahito no chão e em minha mão o controle remoto era pressionado sem parar. Sukuna estava me xingando por não parar em nenhum canal quando o celular vibrou.

Não me apressei para olhar, ao invés disso eu bufei, passei o controle para o gêmeo capeta e finalmente olhei a tela.

"Ah, desculpa, devo ter mandado sem querer"

E depois disso eu não parei mais para pensar sobre o ocorrido. Apenas dei de ombros e continuei minha estádia minúscula na casa de Nanami até me cansar daqueles meninos.

Fui para casa me despedindo de todos, e Gojo me deu uma carona já que ele e o filho também estavam indo embora.

Na saída ele fez uma piadinha comigo mas não absorvi direto o que ele falou, só ri.

Sinceramente eu estava exausta, o dia foi monótono e chato e ainda conseguiu me fazer suspirar por chegar em casa.

Mesmo que ela estivesse vazia.

Troquei de roupa depois de tomar banho e fui para a sala, pintar a unha e ver um filme bobo.

Isso era algo que eu fazia sempre.

Quando eu apertei o "play" meu celular tocou.

Era Maki.

– Oi, Maki, o que foi? – respondi atendendo e abaixando o som da televisão, voltando a focar em minhas unhas depois disso.

Nobs, você tá fazendo o que?

– Hmm, nada demais. Pintando a unha. Por que?

Queria te ver, hoje foi um dia ruim.

– Ah... – olhei as horas. Ainda eram 18:00, mas era complicado receber qualquer pessoa tarde. Se meus pais descobrissem eu era uma pessoa morta. Suspirei, meio triste – Amanhã a gente pode sair se quiser, mas hoje vai ser complicado de te ver...

Entendo...

Ouvi sua respiração ficar forçosa e fiquei trite por não poder fazer mais nada.

Mas, qual é, eu gosto de Maki e da companhia dela mas não dava para ir tão rápido com ela. E já tínhamos saído a poucos dias!

Ainda assim isso não seria um problema. Acho que eu estava receosa pela foto também. De qualquer maneira, respondi ela.

– Você quer conversar comigo? Distrair a cabeça? Ver um filme pelo Rave?

Ela riu, foi a coisa mais linda do mundo e esquentou meu coração.

Ah, não foi nada demais, só uma pessoa que eu não queria ver nunca mais que apareceu por aqui... – franzi as sobrancelhas, mesmo que ela não visse – Aceito o filme! Vamos ver o que?

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