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Sorri para minha criação. Não estava perfeita, sabia disso e era um fato incontestável, mas estava boa o suficiente para me deixar contente pelo trabalho duro que fiz para organizar o que precisava.

Continuei sorrindo ao ligar para Itadori, o chamando na chamada de vídeo onde tudo ficaria mais fácil de amostrar.

No segundo toque a imagem colorida do rosado já estava pixelada em minha tela.

– Yuuji! O que acha? – perguntei com minhas mãos segurando a  mais nova arte. Era algo simples mas muito bonitinho em minha visão.

Itadori sorriu abertamente.

– Ficou fofo. Eu amei! Ela vai adorar, confie em mim!

Deu um risinho aliviada e deixei de lado minha criação para poder repassar em mínimos detalhes com meu amigo o que iria ocorrer no dia.

Eu planejava pedir Maki em namoro de um jeito íntimo, mas elaborado.

Nada de apenas um jantarzinho mixuruca, não. Eu  precisava de algo significativo, algo que faria a esverdeada se lembrar de mim para todo o sempre. Ou, na melhor das hipóteses, sorrir toda vez que pensasse na experiência que eu a proporcionaria.

Essa era minha meta.

Ainda assim, estava nervosa e constantemente repassava tudo o que havia planejado pelos últimos dias em minha cabeça e em voz alta para quem quer que ouvisse - coisa que provavelmente fez a mãe suspeitar de algo, não que a mesma fosse comentar sem ser em um jantar formal com meu pai.

De qualquer jeito, a ansiedade pairava em todos os meus movimentos e pensamentos, a ponto de que eu me distraia facilmente a cada aula que passara durante os dias que passei planejando.

Toda a minha cabeça voltava ao momento onde escolhi o que iria dar para significar nosso relacionamento, me perguntando se havia feito a escolha certa ao pegar o pequeno item. No fundo, meu cérebro gritava que sim, mas ele estava abafado pelos sons que transbordavam indecisão.

Mas não dava para voltar atrás. Não agora. Era isso que eu ainda pensava quando Itadori afirmou:

– Você vai arrasar. Ela vai amar, você vai ver! De qualquer jeito, se ela quiser mesmo te namorar provavelmente aceitaria até um barbante amarrado em seu dedo.

Ri com essa frase e neguei com a cabeça.

– Você não tem jeito. Mas até que tem um ponto, capetinha. Espero que esteja certo, se ela negar eu vou chorar no seu colo.

Ele fez uma careta feia que me fez cair na gargalhada novamente.

– Credo Nobara, você é muito extrema. Esqueceu que pode chorar no Sukuna também?

Você é meu melhor amigo. Cadê o suporte?

– Acabou no momento em que pensei que se eu for te consolar todas as vezes que você levar um fora eu nunca vou ter tempo pro meu namoradinho.

– E que namoradinho é esse, que nem pedido teve?

– Nobara eu juro por deus que vou desligar essa chamada.

Naturalmente, isso me fez rir mais um pouquinho. Isso era bom. Inconscientemente, Yuuji estava me acalmando aos pouquinhos, me fazendo ficar tranquila sobre toda essa ideia de namoro e pedidos. Era bom se esquecer disso em alguns momentos.

Encerrei a chamada poucos minutos depois, alegando que ainda precisava me arrumar.

O dia de sábado indicava a falta de aulas, mas não significava que eu poderia relaxar.

University • nobamaki Where stories live. Discover now