Cap. 15

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Megan

Fiquei em silêncio sem responder quem é que seja atrás da porta, sem fazer o mínimo de esforço pra descobrir quem é.

-EU TÔ FALANDO SÉRIO MEGAN, ABRE ESSA MERDA.

Iam.

Levantei da cama morrendo e fui até a porta, eu parecia me arrastar no chão. Abri a porta e lá estava ele, com uma bermuda de cactos, sem camisa com os cabelos pingando água de braços cruzados e batendo os pés.

Que pedaço de mal caminho senhor amado.

-Que que foi Iam - cruzei os braços.

-Aonde você tava?

-No quarto como você pode ver. - falei e ele revirou os olhos.

-E por que você ficou infurnada nesse lugar? Tá tão quente que tá parecendo um forno humano.

-Primeiro: não é da sua conta. Segundo: não tá tão quente assim.

-Ah, mas tá sim. Sai logo daí, já tá escurecendo e as meninas vão vir pro quarto arrumar as coisas delas - fiz uma careta.

-Mas que porre viu - sai do quarto e fechei a porta atrás de mim.

-Aonde você vai? - Iam começou a andar atrás de mim.

-Me jogar de um lugar bem alt - a frase morreu na minha garganta quando eu olhei onde todos estavam.

Loren e Gustavo estavam abraçados dando muita risada junto com os outros, eles alternavam entre rir e se beijarem, Gustavo se aproximou dela e cochichou alguma coisa no ouvido da Loren, ela ficou vermelha e riu.

-Um lugar bem, bem alto - terminei de falar e continuei andando.

Iam não falou nada, mas ele estava me seguindo, isso era óbvio pelo barulho do seu sapato quebrando os galhos que tinham no chão.

Andei até uma parte extremamente afastada de tudo, era um lugar alto cheio de girassóis, era tipo um penhasco e em baixo havia um mar, que por já estar quase de noite, as ondas estavam violentas, o vento era forte fazendo meu cabelo balançar e o gosto salgado do mar era muito gostoso e refrescante ao mesmo tempo.

-Eu não achei que você estava falando sério, mas parando pra pensar, é um lugar bonito de se morrer. - Iam falou e eu olhei pra ele de olhos arregalados.

-Eu não achei que você estava levando isso a sério, mas realmente, eu morreria aqui fácil.

-Como se eu fosse deixar né - ele me empurrou de leve.

-Não vou pedir sua permissão pra morrer - empurrei ele de volta.

-Se você morrer, eu morro - ele me empurrou.

-Vai deixar a escola nas mãos de quem? - empurrei ele.

-Isso não é problema meu - ele deu de ombros e me empurrou.

-Tá, chega de ficar se empurrando - falei e me sentei no chão.

-Tava gostando dessa brincadeira - ele se sentou do meu lado.

-Eu ia acabar te empurrando lá em baixo - apontei com a cabeça pra ponta do penhasco.

-Eu te levaria junto comigo - ele sorriu orgulhoso.

-Nem fudendo, se for pra morrer, quero morrer sozinha.

-Como já disse antes, não vou te deixar morrer sozinha.

-Você não tem que deixar nada - deitei no chão.

-Não? - ele se deitou do meu lado.

-Não, eu posso muito bem levantar correndo daqui e pular aquele treco.

-Você não ousaria - olhou pra mim.

Fingi que ia levantar e ele me agarrou pela cintura e me jogou de volta no chão, colocando sua mão atrás da minha cabeça para que eu não batesse no chão.

Nós ficamos com os rostos próximos, a respiração do Iam tocava a ponta do meu nariz, e cada vez que isso acontecia, eu me arrepiava mais.

Ele me encarava nos olhos como se buscasse a resposta pra alguma pergunta de rodeava a sua cabeça, até que seus olhos saíram dos meus e foram parar nos meus lábios.

-Você pode sair de cima ag - ele me interrompeu com um beijo.

E dessa vez eu não pensei em bosta nenhuma, eu não pensei que ele era meu diretor, que ele poderia perder a carreira inteira, ou que a minha mãe provavelmente iria me mandar pra outro país se descobrisse isso.

Eu simplesmente beijei ele de volta no segundo em que seus lábios tocaram os meus, sua língua invadiu a minha boca, e eu deixei.

Ela dançava dentro da minha boca em um ritmo tentador, me deixando com quero mais, suas mãos alternavam em apertar minha cintura e explorar meu corpo.

Já as minhas mãos puxavam ele cada vez mais pela nuca para que ele se aproximasse de mim, quando eu senti que nós estávamos muito perto, eu entrelacei minhas pernas na sua cintura, puxando ele mais ainda pra mim.

Ele se moveu um pouco e eu senti algo encostado na minha intimidade, nós nos separamos por falta de ar e eu olhei pra ele com um sorriso de lado.

-Iam? - pergunto.

-Sim?

-Que que é isso? - pergunto olhando para baixo e ele segue meu olhar, ficando espantado.

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Continua...

O Diretor Where stories live. Discover now