Cap. 28

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Megan

Três meses.

Faz três meses que a única família que eu tinha, morreu.

Desde então, eu não pisei na escola, não vi ninguém além de Loren e Gustavo, já que minha prima precisou voltar para o Brasil.

Iam tentou entrar em contato comigo várias vezes, mas eu não quero conversar com ninguém, eu quero vingança.

Mas não uma vingança qualquer. Eu quero A vingança. Eu vou descobrir quem fez isso, nem que seja a última coisa que eu faça.

E durante essa mês que passou, eu andei treinando, eu comprei um saco de pancadas e algumas coisas pra aprender a lutar, e usei a garagem de casa pra treinar.

Devo dizer, que o treino além de me deixar foda, tá me deixando gostosa. Mas isso é o menos importante no momento.

Nesse exato momento, eu estou saindo de um escritório, pelo qual eu acabei de fazer minha insição para aulas de tiro.


Talvez eu esteja pegando muito pesado, mas eu não vou me adiantar em dar um soco e um mata leão na cara de quem me parecer suspeito.

Gustavo me ajudou bastante a treinar a defesa pessoal, e Loren, alguns truques de golpes que ela aprendeu. Eu cancelei minha escrição na escola, eu não vou terminar o ensino médio mesmo.

Pra ser bem sincera, eu tenho três opções em minha cabeça:

1- Stripper.

2- Corredora ilegal.

3- Vendedora de drogas.

Eu prefiro a primeira e última opção, já que eu no volante é perigo na certa. Me falta senso de direção, e qualquer outro tipo de senso.

Durante esse mês, eu dormi muito, mas muito pouco. Eu ia todas as noites no cemitério e ficava sentada conversando com eles.

Eu só fui entender o significado da frase: "a gente só dá valor depois que perde" depois que eu realmente perdi.

Existem milhares de palavras e ações no mundo todo, e eu não consegui usar nenhuma delas pra evitar que eles fossem embora.

E querendo ou não, eu sei que a culpa é minha. Talvez se eu não tivesse deixado minha mãe sozinha. Talvez se eu não tivesse deixado meu irmão abrir a porta. Talvez se eu não tivesse deixado aquela falsa enfermeira entrar.

E agora, aqui estou eu, uma merda ambulante, que não sabe que porra vai fazer da vida e não tem ninguém pra dar conselhos. Afinal, ninguém entende.

Olho para os dois lados da rua antes de atravessar, começo a caminhar em direção ao ponto de ônibus, e assim que chego, fico sentada ouvindo música no fone.

Um carro para na minha frente e eu olho difarçadamente, o vidro é abaixado, revelando Iam.

Ele olha pra mim e sorri, o maldito sorriso que eu mais odeio. O sorriso de dó. Apenas olho para ele com cara de bunda, e volto a mexer no meu celular.

Minha música tinha acabado, então coloco outra, ainda sentindo seu olhar sobre mim, mas o ignoro.

-Não adianta você me ignorar, eu não saio daqui até vc ir embora comigo - Iam finalmente falou.

-Isso seria um sequestro - digo sem olhar pra ele.

-Não é sequestro se você quiser - levanto minha cabeça, olhando para ele.

-Quem disse que eu quero? - me levanto e vou andando em direção ao carro.

-Eu sei que lá no fundo você quer. Você tem passado muito tempo sozinha, deixa pelo menos eu fazer uma companhia pra você - ele me olha intensamente.

-Eu não tô sozinha - abro a porta do carro - eu tenho a Loren e o Gu - me sentei no banco do carona.

Vejo Iam sorri e fecho a porta, ele da a partida e então, andamos pela cidade em silêncio.
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Continua...

Amorzinhos, desculpa a demora, eu tô meio triste com uma coisa que aconteceu, então fiquei sem criatividade. Então desculpem pelo capítulo pequeno.

Uma pergunta que eu espero muito que vocês respondam: o clima ficou meio tenso, seria estranho se eu fizesse um hot no próximo capítulo?

O Diretor Onde as histórias ganham vida. Descobre agora