Cap. 25

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Megan

Eu não sei dizer o que aconteceu depois, mas eu sei que acordei dentro do carro com Iam me levando ao hospital.

A única coisa que ele sabia, era que é algo relacionado a minha mãe, pois eu não tive disposição pra contar pra ele o que aconteceu.

Ele estacionou o carro em frente a um hospital, e eu não me mexi, fiquei parada olhando pra ele, e pensando que eu não sabia em qual hospital minha mãe estava.

-Sua mãe está aí, vamos? - Iam chamou minha atenção e eu olhei pra ele.

-Como você sabe da minha mãe? - perguntei com a voz fraca e rouca.

-Depois que você desligou do nada, Julie me ligou esperando que eu estivesse com você. Ela me contou meio por cima o que aconteceu e me falou aonde sua mãe estava internada. Vamos? - abriu a porta e saiu do carro.

Meu corpo estava meio mole, e eu não estava com muita vontade de me mexer. Abri a porta do carro e Iam estava me esperando ali.

Ele estendeu a mão na minha direção e me ajudou a sair do carro.

-Quer ajuda pra andar? - ele perguntou me olhando.

-Não, eu consigo.

Nós fomos andando em uma velocidade reduzida até a entrada, e assim que chegamos lá, eu falei o nome da minha mãe, e falei meu parentesco com ela.

A secretária me falou o quarto e o andar e eu fui até lá. Caminhei pelos corredores em busca do quarto 326. Achei e bati na porta.

-Entra - ouvi a voz da minha prima.

Entrei no quarto, e a vi sentada do lado da maca da minha mãe, com a cabeça debruçada na maca. Meu irmão estava do seu lado, também debruçado. Assim que eu entrei, eles ergueram a cabeça.

-Que bom que você veio - ela falou baixo se levantando.

Sem falar nada, João veio na minha direção e me abraçou apertado, e no mesmo instante, eu devolvi.

-Como ela tá? - perguntei em um sussurro.

-Os médicos falaram que ela está estável, nem piorando, nem melhorando - ele cochichou de volta.

Acenei com a cabeça e soltei de seus braços, caminhei lentamente até a minha mãe e sentei do seu lado. Observei seus traços cansados e alguns curativos que escondiam seus machucados.

Como isso foi acontecer? Por que com a minha mãe? O que ela poderia ter feito de errado pra se atacada desse jeito?

-Como que aconteceu? - olhei para Julie e João.

Eles se olharam e Julie acenou com a cabeça para o meu irmão.

-Ontem, depois que eu voltei pra casa, a Julie já não estava mais lá, só a mãe. Eu chamei por ela em todo lugar e já estava ficando preocupado, mas ela estava na área de serviço com fone de ouvido e não tinha me ouvido. A gente tinha combinado de maratona aquela série de vikings. A gente comeu e assistiu bastante, mas acabamos caindo no sono, e acordamos assustados com batidas na porta. A mãe não ia abrir, não era tão tarde, mas ainda sim era estranho alguém bater na porta, mas ela achou que poderia ser você ou a Julie, então decidiu ir. Enquanto isso, eu subi até meu quarto, mas quando eu entrei nele, eu voltei pra trás, porque eu ouvi um grito dela. Eu desci a escada correndo, mas quando eu cheguei lá, ela já estava atirada no chão, e tinha um cara, ele... - João prendeu a respiração por um tempo encarando o chão, até olhar pra mim de novo - ele era alto e usava uma roupa e máscara preta. Ele olhou pra mim, apontou a faca na minha direção e disse "seu pai morreu achando que poderia se livrar dos Hathaway. Mas nós vamos mostrar que ele está errado." e depois... Simplesmente foi embora.

Meu corpo gelou, eu senti a cor do meu rosto indo embora, minha vista se embaçar de confusão, e minha mente viajar para o dia em que eu ouvi as conversar do meu pai escondida.

*Flashback*

Eu era pequena, devia ter uns 8 anos. Eu tinha perdido meu ursinho de pelúcia quando eu fui brincar escondido no escritório do meu pai, eu achei que ele estivesse viajando, então eu decidi ir no escritório dele.

Mas quando eu cheguei perto da porta, ouvi duas vozes discutindo.

-Como você acha que pode derrotar os Hathaway? Você tem problema? - meu pai falou furioso para um homem.

-Você que tem problema! Tá devendo até o cu pros homens e fica aí fazendo graça. Uma hora esses caras vão se estressar, e matar todo mundo que a gente conhece - uma voz falou irritada.

-E o que você sugere? Entregar todo o seu dinheiro pra ele? - meu pai perguntou mais nervoso ainda.

-Sim! - o homem gritou.

-Eu não vou fazer isso, se eles quiserem o meu dinheiro, terão que me desenterrar, ou então, realmente matar todo mundo que eu amo.

*Flashback*
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Continua...

Eita eita que o bicho tá começando a pegar.

O Diretor Where stories live. Discover now