Dois (Hospital) 🖇

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2 capítulo

Pela manhã no hospital.

Raul.

Acordo sentindo meus músculos doerem,
demoro alguns minutos para assimilar tudo que aconteceu, ao cair a ficha pulo da maca.

- Porra! awn!. seguro meu ventre apoiando-me na parede sentindo tontura.

Duas enfermeiras correm ate o quarto pequeno da ala.
- O senhor demorou pra acordar. A mais baixa das enfermeiras diz calma.

- Está perto da sua alta, são três e meia da tarde. Sua alta é as quatro. Diz a mais alta com descaso anotando no prontuário.

As olho confuso e pergunto. - Cadê meu filho?. Vou em direção ao corredor esbarrando nas mulheres em frente a porta do quatro.

- O menino esta no berçário te esperando paizinho. A enfermeira baixinha sorrir me levando ao berçário.

Suspiro aliviado e pego Gael no colo, suas roupas foram trocadas e ele esta tão limpinho.
- Obrigada, muito obrigada. Curvo agradecendo.

- Não precisa disso Menino. Va e cuide dele. A enfermeira gentil me acompanha até a saída do hospital onde minhas malas foram deixadas.

Olho a rua vazia apenas escutando lamentos de pessoas nos corredores do grande hospital.

- Agora só é eu e você. Acaricio o nariz pequeno do bebê saindo entre os becos atrás do hospital.

Autora.

O sol das quatro não estava dando trégua, o estômago de Raul implorava por comida e seus seios escorriam leite.
Gael remexia no seu colo procurando as mamas cheias para mamar.

Ao caminhar quase três quilômetros Raul finalmente achou um beco calmo e coberto para passar a noite.

Deixou suas malas, sentou e colocou o bebê chorão para mamar.

- Estou com tanta fome. Apertou os olhos com força ao sentir Gael sugar como se o leite do seu peito fosse sumir. - Calma, assim você acaba comigo. Suplicou.

Ao anoitecer Raul saiu para olhar a rua que escondia o beco e ficou encantado com a grande confeitaria na esquina da rua.
Perdeu-se na vontade de comer aquela grande torta de morango que estava a mostra na vitrine.

- Ei!. Garoto. Uma senhora de cabelo branco chama na porta da confeitaria.

Raul sai dos olhando para senhora.
- Falou comigo?. Arregala os olhos ajeitando Gael por debaixo do seu grande casaco.

- Claro. Entre aqui um pouco. Acena com a mão chamando carinhosamente Raul.
A senhora sabia que Raul estava com fome, o viu no beco sujo quando passou naquele tarde para trabalhar.

- Não. Rio Raul sem jeito. - Só estava dando um olhada. Vai em direção ao outro lado da calçada.

A senhora nega com a cabeça indo atrás dele e o tocando em seu braço.

- Eu sei. Mas você sabe a regra, não é?. Antes mesmo que Raul pergunte, ela responde.
- Comida e água não se nega a ninguém. Gargalha puxando ele.

Raul a acompanha, pois a fome fala mais alto.
Naquele momento ele sentiu como se sua avó estive ali e sorriu magoado.

- "ela nunca me abandonaria nessa situação". Pensou sobre sua avó falecida.

Ao entra no ambiente chique da confeitaria a senhora logo foi atrás do balcão e pegou um pão e uma xícara se café trazendo até o garoto encolhido no fundo estabelecimento.
Raul finalmente tirou o pequeno de debaixo das mantas e o acalmou sem seus ombros.

- Então era essa coisinha pequena que você tanto abraçava la fora?. Rir batendo palma de forma surpresa.

- Sim. Raul beija a cabeça de seu filho. Posso comer?. pergunta baixinho hesitando em pegar o pão para finalmente matar sua fome.

- Coma rapaz. A Senhora o encoraja.
- A propósito meu nome é Duce. Levanta e começa a arrumar as mesas. - Qual seu nome? tem quantos anos?.

Raul mastiga rapidamente para responder logo.
- Me chamo Raul e ele Gael, tenho 19 anos.
Beberica do café.

- Ow você é tão novinho e já é pai. Boa sorte menino. A mulher balança a cabeça compreendendo a situação.
- Irei arrumar a cozinha, você pode ficar a vontade. fala Duce.

Raul levanta. - Posso ir ao banheiro rapidinho por favor?. Baixa a cabeça envergonhado.

- Claro. Duce se retira.

Raul vai ao banheiro para lavar as fraudas sujas de Gael e trocá-lo na pia mesmo.
aproveitando também para lavar seu rosto, mãos e pés. Rápido para não que a senhora não pensasse que estava fazendo algo de errado.
Sai de fininho sem ao menos avisar que estava indo.
Correu para o beco escondendo-se pelas sombras, seria uma noite longa na rua, não que ele nunca tivesse dormido na rua, ele
já dormiu em vários becos, mas seria a primeira vez de seu pequeno dormir na rua, enfrentar os perigos da grande Los Angeles não era fácil.

Raul passou a noite toda de olho na rua com medo de alguém entrar e fazer algum mal a eles.

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Sem revisão.

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