Doze (Ataque) 🖇

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Raul.

Após Vicente sair vou para o quarto pegar a bolso de Gael, pois irei pro jardim que distante do quarto, então, caso eu precise trocá-lo, fica mais fácil.

Desço e vou para cozinha.

- Não tem problema beber a água da pia. Dou de ombros enchendo a pequena garrafinha que guardo sempre comigo.

- O que está fazendo aí? Um mulher de cabelos castanhos pergunta ríspida.

Levo um pequeno susto.

- Oh, só vim pegar um pouco d'água. Explico rápido. - O dia ta bem quente e nós vamos lá fora. - Sorri amigável.

- Me poupe dos detalhes, e sai logo que preciso trabalhar nessa cozinha. A empregada diz.

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Raul sente seu sorriso murchar, ele tentou ser gentil, mesmo vendo a carranca que a mulher fez debochando do choro de seu bebê.

O mesmo aperta Gael nos braços e caminha em passos largos até o jardim.

O quintal é enorme, tem piscina, cinco carros na garagem, um canteiro cheio de flores e cadeiras de sol.

Raul senta na parte coberta em frente à piscina sentando Gael em seu colo.

O menino bate palminhas e mexe os pezinhos sentindo cócegas por causa da grama fresquinha.

- Por que aquela mulher me tratou daquele jeito? Não sei como agir, acho que por isso ninguém gosta de mim... - Raul sorri melancólico olhando as flores.

- Bem que você podia crescer rápido pra responder essas perguntas. - Força voz fofa para falar com Gael. - Você gosta do papai, não é?!

Aperta Gael que resmunga manhoso.

Havia se passado mais de três horas que Raul e Gael estavam no jardim.

Realmente Raul encantou-se por cada canto do local.

O mesmo está deitado na grama com Gael deitado em cima de si mamando.

Raul olha o céu azul imaginado Vicente o querendo como esposo, como seria ter um romance de verdade...um amor.

Ele está prestes a dormir quando escuta passos e gritos em sua direção.

- A mais esse nojento me paga! - Grita a voz estridente.

Raul acolhe Gael por debaixo da blusa, o menino antes estava dormindo, acorda agitado com os gritos.

O olhos azuis de Raul estão arregalados olhando duas mulheres atravessando o jardim em sua direção.

O mesmo levanta e ver as empregadas rindo na porta dos fundos.

Ele engole seco sem saber o que vem.

- Quem é você?! - A mulher de cabelo preto que se parece com Vicente pergunta sem paciência.

- Me c-chamo Raul, Senhora. Gagueja.

- Lucy olha o que estão dizendo na matéria; "Vicente é visto com um homem misterioso após uma briga da rua, fontes afirmam que o bebê visto entre eles é filho de Vicente.
A loira pragueja.

- Desde quando você sai com Vicente, esse bastardo é dele? A loira aponta pra Gael.

Raul pisca os olhos tentando segurar as lágrimas.

- Não, não tenho nada com Senhor Vicente, esse menino não é dele. Diz firme e baixa a cabeça.

- Que merda Vicente tem na cabeça de fazer aquela cena em frente a empresa? A morena bate os pés ignorando Raul que treme em sua frente.

- Ele apenas me ajudou, somos conhecidos.
Raul cria coragem pra explicar.

As mulheres riem.
- Com certeza ele está fazendo um ato de caridade, já pensou ele gostando de um mendigo com filho bastardo? A loira debocha.

Raul nega sentindo lágrimas cairem.

- Meu irmãozinho não é louco de sujar nosso nome assim. As mulheres riem e saem em rumo a mansão.

Raul está incrédulo, seu peito se comprime e o choro sai.

Humilhado,

Envergonhado;

Imponente.

Tudo que ele faz para ser feliz, viver bem e tentar feliz é sempre arrancado rapidamente dele.

Ele só queria passar a tarde bem e quem sabe ser tratado bem a noite.

Raul.

Estou sentando de costas pra casa.

Brinco de contornar os traços do rosto de Gael

Sinto as lágrimas cairem devagar em meu rosto.

A tarde está chegando e escuto as mulheres conversando dentro da casa.

Meu estômago reclama de fome.

Caminho até a porta da cozinha e a empregada mais velha vem em minha direção.

- As madames não querem que você entre. Barra minha entrada.

Concordo com a cabeça voltando a sentar perto da piscina.

Fim da tarde.

Vicente.

Ao sair do trabalho recebi uma ligação raivosa da minha irmã.

- O que porra você disse pra ele?! - Grito freando brusco na pista.

Na ligação Lucy contou rindo das coisas que falou para Raul.

Ela com certeza me contou isso achando que ia apoiá-la, meu pai me pinta como um monstro para todos.

Aperto o pé no acelerador pensando no meu Raul.

Sei que Lucy e amiga dela podem ser extremamente baixas e mentirosas para atingir alguém.
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Sem muita revisão
deem um olhada na fanfic da eclipsejin

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