Seis (Desilusão) 🖇

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6 capítulo

- Olha o que esse babaca faz em você, não deixe meu querido. com as voz embargada Duce analisa o rosto machucado de Raul.

Raul esconde seus olhos roxos com os fios castanhos e encosta na porta da confeitaria.

Uma semana havia se passado desde o primeiro cliente de Raul, o homem agora o procura todo dia para transar.

Não que Raul o convidasse, muito pelo contrário, ele o mandava embora e chorava muito, mas o que podia fazer?
- O homem ameaçava machucar seu filho .

- Flor, eu não faço por que quero, ele me força e joga notas de dinheiro quando vai embora, é dinheiro sujo, mas o que posso fazer? - Diz Raul.

Esse dinheiro dava para comprar as fraldas de Gael, não sobrava nenhum centavo a mais.

Raul entrega Gael a Duce que estende o braço para pegar o menino e entra na confeitaria.

- Saia daquele beco e vá para um abrigo. Duce tenta ajudar.

- Não aceitam pessoas com crianças do tamanho do Gael. - Cruza os braços.
- Rodei os quatro cantos dessa cidade procurando abrigo quando ele nasceu, ninguém nos quer. Brinca fazendo careta para Gael que gargalha.

Raul tenta mostrar que não se importa com as coisas ruim que acontece com ele, em sua mente tudo é culpa dele, então não tem o direito de receber nenhum tipo de afeto.

Seu corpo está cheio de vergões roxos devido aos abusos.

Gael está bem dengoso a semana toda, chorava muito ao ouvir os lamentos de seu pai nos momentos que aquele chegava.

Raul apenas escondia seu filho e esperava o fim.

Duce termina de desligar as luzes do ambiente e sai novamente.

- O homem da torta perguntou de vocês a semana todinha. Confessa a Raul, que solta uma risada incrédulo e pega seu menino sonolento dos braços da mulher.

- Sei o que os homens querem depois de agradar com tortas. - Diz melancólico olhando para o final da rua, certificando que o magro não o esperava.

Duce temia pela vida de Raul e seu bebê, mas também vivia em condições péssimas, não tinha muito para levar os dois para sua casa, Raul também era muito teimoso para aceitar uma ajuda dessas.

- Conheço quando um homem quer agradar o seu amado. - Duce diz firme.

- Você jura? - Debocha Raul.
- Olha pra mim e olha pra ele.
Nega caminhado para o outro lado da rua. - Talvez eu nasça de novo e ache um homem bom para namorar. Diz humorado, mas sentindo seu coração apertar, ele bem que queria que as palavras de Duce se tornassem verdade.
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